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A polícia encontrou comprovante de depósito no valor de R$ 125 mil no carro de Daniel Augusto Nofal Benites, 31, sequestrado e executado ontem (5) em Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.
Ex-funcionário da casa de câmbios Panorama, em Pedro Juan Caballero – cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã -, Daniel era cunhado do narcotraficante sul-mato-grossense Cléber Riveros Segovia, 31, o “Dogão”, morto com pelo menos cem tiros de pistola e submetralhadora, no dia 28 de outubro do ano passado.
Travando guerra com traficantes rivais, “Dogão” estava escondido em condomínio fechado na Represa Capivara, em Sertaneja, cidade localizada na região metropolitana de Londrina (PR).
Daniel Augusto acompanhava jogo entre os times de Cerro Corá (Paraguai) e Amambai (MS), no estádio Aral Moreira, em Ponta Porã. A partida terminou em 0 a 0. Ele era dono do Cerro Corá.
Por volta de meio-dia de ontem, ele deixava o local em seu Gol branco quando foi sequestrado por quatro homens armados.
Testemunha ocular do sequestro contou à polícia que os quatro homens estavam encapuzados. Três estavam armados com pistolas e um deles com fuzil. Eles renderam Daniel antes dele entrar em seu carro e o colocaram em outro Gol, de cor prata, com placa do Paraguai.
A testemunha disse em depoimento à polícia que um dos bandidos bateu com a coronha da arma no vidro de seu carro e a mandou sair do local.
No Gol de Daniel, além do comprovante de depósito, os policiais civis encontraram dois celulares. Ainda pátio externo do estádio, de onde o homem foi levado, testemunhas entregaram à polícia um carregador de fuzil calibre 5,56 municiado e um cartucho do mesmo calibre, possivelmente derrubado por um dos sequestradores.
A irmã de Daniel Augusto esteve no local do sequestro e confirmou aos policiais que foi mulher de Cléber Segovia, o “Dogão”, com quem teve um filho.
Duas horas após o sequestro, o corpo de Daniel Augusto foi encontrado com as mãos amarradas para trás, na MS-164, saída para Antônio João. O homem foi executado com tiros na cabeça. Até agora não há pista dos matadores.
