A tênue trégua que perdurava na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul acabou de vez. Na tarde de ontem (16), em Sargento Félix López, povoado paraguaio que faz fronteira com Caracol (MS), pistoleiros executaram mais dois homens com tiros de fuzil, sendo o terceiro assassinato no mesmo dia.
Com essa morte, o número de execuções na região chega a 35 somente neste ano, sendo 7 mortes em janeiro, 9 em fevereiro, 12 em março, 6 em abril, 2 em maio e 4 em junho. Os mortos foram identificados como Rodrigo Alejandro Quintana, 37 anos, e Diosnel González Ortiz, cuja idade não foi informada.
Eles seguiam em uma SUV Toyota Fortuner seminova pelo interior da Fazenda La Paloma quando foram fuzilados. Rodrigo Quintana foi atingido por vários tiros, enquanto Diosnel Ortiz morreu com único tiro na cabeça.
Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, no local foram recolhidas dezenas de cápsulas deflagradas de calibres 40 e 9 mm, indicando que pelo menos dois pistoleiros participaram da emboscada. Os corpos foram encontrados pelo dono da fazenda, que acionou as forças de segurança pública.
Os dois homens eram funcionários da propriedade e a suspeita é de que o alvo fosse o fazendeiro. No período da manhã de ontem, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), foi encontrado crivado de balas o corpo de Marcio Ariel Sánchez Giménez, 35 anos, o “Abacate”, apontado como chefe do principal escritório de pistolagem na fronteira.
Oficialmente foragido desde 2019, ele circulava livremente pela fronteira. Seus pistoleiros atuavam a serviço de narcotraficantes e outros mafiosos da linha internacional. Ainda não há suspeita de quem tenha dado a ordem para sua execução.