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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Parlamentares condenam invasão de fazenda da senadora Tereza Cristina

A invasão à Fazenda Santa Eliza, que pertence à família da senadora e ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina (PP-MS), e está localizada no município de Terenos (MS), por trabalhadores rurais sem-terra mobilizou os parlamentares de Mato Grosso do Sul ao longo da tarde de ontem (30).

No fim do dia, a própria Tereza Cristina divulgou nota oficial informando que a propriedade rural tinha sido desocupada pelos trabalhadores rurais sem-terra após a intervenção da Polícia Militar.

“Na madrugada deste domingo (30), um pequeno grupo de invasores sem-terra tentou ocupar a fazenda da família da senadora Tereza Cristina (PP-MS), localizada em Terenos (MS), a 25 quilômetros de Campo Grande. Eles se retiraram ainda pela manhã, pacificamente, após intervenção da Polícia Militar”, trouxe nota oficial da ex-ministra.

Para a presidente da Comissão de Agricultura e Pecuária do Senado Federal (CRA), senadora Soraya Thronicke, trata-se de um crime gravíssimo, pois atenta contra o direito constitucional de propriedade.

“Sou absolutamente contra todos os tipos de invasões de propriedades rurais”, declarou Soraya Thronicke ao Correio do Estado mesmo tendo acabado de receber alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília (DF), onde passou 10 dias internada após uma crise alérgica aguda depois de fazer procedimentos odontológicos.

A parlamentar sul-mato-grossense reforçou que apoia a regularização fundiária e, principalmente, que invasores sejam punidos com a perda de qualquer direito à reforma agrária.

“A Justiça se faz na Justiça e não com as próprias mãos. Essa não é uma exceção que permita legítima defesa”, assegurou, lamentando o fato de os sem-terra terem invadido a fazenda da ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

OUTROS PARLAMENTARES
Colega de partido de Tereza Cristina, o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP-MS) chamou de “foras da lei” os trabalhadores rurais sem-terra que invadiram a Fazenda Santa Eliza.

“Infelizmente esses cidadãos que se denominam sem-terra, trabalhadores sem- terra, na verdade, são, à luz da constituição, uns fora da lei. Mas aqui em Mato Grosso do Sul felizmente nós temos um governador que age dentro da legalidade e sem confronto já foram retirados da fazenda”, declarou o parlamentar.

Na avaliação de Luiz Ovando, esse é um exemplo para aqueles que vierem atentar novas ações semelhantes, pois não terão êxito de forma alguma.

“Pelo contrário, perderão tempo. É assim que as coisas funcionam dentro da lei aqui em Mato Grosso do Sul”, argumentou.

Em entrevista ao Correio do Estado, o deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS) também condenou a invasão da Fazenda Santa Eliza.

“É condenável esta atitude. Pelo que eu tenho conhecimento é uma fazenda produtiva e que cumpre sua função social. Impressiona a capacidade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) de produzir inimigos e aglutinar forças do agronegócio contra seu objetivo que é lutar pena reforma agrária”, declarou o parlamentar.

Para Geraldo Resende, essa estratégia adotada pelos trabalhadores rurais sem-terra é errada. “Ainda mais na antevéspera da abertura de uma CPI que tem objetivos de investigar este movimento.

A senadora Tereza Cristina é liderança nacional do setor do agronegócio e certamente terá apoio unânime de aliados”, pontuou.

Por sua vez, o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) disse ao Correio do Estado que considerou lamentável a invasão da Fazenda Santa Eliza.

“Lamentável e inadmissível que, no ano de 2023, ainda acontecem esse tipo de coisa. Para mim, não é através de invasões de propriedades rurais que nenhum movimento sem-terra vai ter sucesso e nem respeito da sociedade brasileira”, afirmou Beto Pereira.

Segundo o parlamentar, que já foi prefeito de Terenos, o município não tem muitos movimentos de trabalhadores rurais sem-terra e acredita que a invasão tenha cunho político.

“Para mim, essa invasão foi orquestrada pelos sem-terra para chamar a atenção da mídia em nível nacional, pois a senadora Tereza Cristina é ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e uma voz mundial do agronegócio brasileiro”, assegurou.

O deputado federal acrescentou que as invasões de propriedades rurais por qualquer tipo de trabalhadores rurais sem-terra só enfraquecem esses movimentos sociais.

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) disse ao Correio do Estado que é mais uma invasão criminosa praticada por sem-terra.

“Isso é crime e os invasores terão que ser responsabilizados. Minha solidariedade à senadora Tereza Cristina e também vou pedir para que se abra uma investigação dentro da CPI das Invasões para saber se esse ato foi programado e articulado por alguém ligado a um partido político, com objetivo de ameaçar, amedrontar ou até mesmo silenciar a voz da senadora que defende o agronegócio em Brasília”, pontuou o parlamentar sul-mato-grossense.

Para Rodolfo Nogueira, não podemos “permitir que bandidos a mando de não sei quem, façam este tipo de pressão no parlamento”.

“É notável que esse governo estabeleceu o agronegócio como inimigo número 1 e, para isso, estão fazendo de tudo para destruir o seguimento mais importante de nosso País, pois além de colocar comida na mesa da população, responde por 30% do PIB {Produto Interno Bruto}, fomentando a agroindústria e o comércio pelo Brasil a fora”, finalizou.

ABSURDO

O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) considerou um grande absurdo a invasão por sem-terra da Fazenda Santa Eliza.

“Isso é um grande absurdo, uma ordem de criminosos, de terrorista que tão levando terror pro campo”, pontuou o parlamentar sul-mato-grossense.

Ele completou que espera “sinceramente que todas as pessoas, que todos os produtores rurais do Brasil se esforcem para conter esse tipo de criminoso”.

“Espero sinceramente que todos sejam presos e identificados e respondam pelos seus atos absurdos”, cobrou Marcos Pollon.

Já o deputado estadual Coronel David (PL) disse ao Correio do Estado que a invasão da Fazenda Santa Eliza tem “digitais da criminosa ação de aparelhamento engendrada pelo governo Lula de lideranças ligadas ao MST {Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra} na direção dos Incras {Institutos Nacionais de Colonização e Reforma Agrária} nos estados”.

“É o incentivo dissimulado para as invasões. Ao invadir terras produtivas cai por terra as alegações mentirosas do MST de estar lutando pela reforma agrária e que só invadem terras improdutivas. Mentirosos e criminosos. Para isso, só tem uma solução: cadeia”, afirmou o Coronel David.

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