Várias dúvidas foram sanadas nesta manhã (7/7), na live da Comissão de Saúde sobre “a covid-19 em crianças”, presidida pelo vereador Dr. Sandro.
De acordo com a Infectologista Pediátrica Dra. Carolina Martins Neder, convidada para esclarecer as dúvidas da população, o impacto epidemiológico é bem menor nas crianças. “O vírus se replica menos nelas e elas transmitem menos também. Diferente dos adultos”, explicou.
A infectologista contou suas experiências de atendimentos, realizados no consultório e por teleatendimento. “Além de serem menos afetadas por esse vírus, as síndromes pós-covid também são muito raras nas crianças”, disse.
Com relação ao risco que o novo coronavírus apresenta para os bebês, Dra. Carolina Neder contou que ocorreram casos de partos prematuros de algumas mães infectadas e transmissão vertical, quando a infecção ou doença da mãe passa para o bebê, contaminando-os.
Questionada se mães infectadas com a covid-19 podem amamentar, a infectologista ressaltou que a amamentação com o leite materno deve continuar. “As crianças estarão sendo protegidas de diversas doenças com todos os benefícios do leite materno, sem risco de passar o vírus pelo leite. É muito importante continuar com a amamentação”, frisou.
Os mesmos cuidados com os adultos, devem ser feitos com as crianças, como lavar as mãos e usar o álcool em gel.
Com o anúncio da volta às aulas presenciais na rede pública de ensino em Campo Grande, muitos pais têm questionado se é seguro enviar as crianças. Para a médica, os prejuízos intelectuais, neurológicos e psicológicos estão sendo enormes nas crianças, maiores que a infecção do novo coronavírus nelas. “Estudos mostraram que a circulação das crianças não aumentou a circulação viral, por ser menor em crianças. A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e a Sociedade Brasileira de Pediatria orientaram para as crianças retornem às escolas, pois é seguro”, explanou.
Também Médico Pediatra, o vereador Dr. Sandro falou sobre o privilégio de aprender com outros países sobre a doença, tendo vários exemplos que demonstraram a segurança para o retorno das aulas presenciais. “Sempre defendi a volta às aulas porque sei que é seguro e fundamental para o futuro das crianças e de toda humanidade. As crianças não têm agravamento com a doença, graças a Deus. Existem dois países que se saíram bem na pandemia, o Canadá e o Japão, um fez lockdown e o outro não, mas tiveram algo em comum que deu certo, seguiram uma direção única, em que a autoridade pedia e a população obedecia”, comentou.
Sobre a vacinação da covid-19 em crianças, a infectologista disse que pelo fato de transmitir muito pouco, o foco são os adultos. “Está muito precoce. No momento, não precisamos ter pressa para vacinar as crianças, devemos focar nos adultos que são os mais afetados”, afirmou.