Com a nomeação para comandar a Sudeco (Superintendência Regional de Desenvolvimento do Centro-Oeste) feita pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa dos Santos, a ex-deputada federal Rose Modesto, recém-eleita presidente do União Brasil em Mato Grosso do Sul, é a candidata derrotada na eleição para governador do ano passado que se saiu melhor até o momento.
O indígena Magno Souza (PCO) foi preso e colocado em liberdade mediante o uso de tornozeleira eletrônica, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) tomou “chá de sumiço” e ninguém tem mais notícias, o ex-governador André Puccinelli (MDB) está andando mais do que “lobinho” com o seu Uno Vermelho por Campo Grande e o ex-prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), está enfrentando sérios problemas com a Justiça.
Enquanto isso, Rose Modesto vai chefiar uma autarquia que tem jurisdição sobre os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, tendo sede e foro em Brasília (DF) e contando com orçamento de R$ 169,5 milhões previsto para este ano para liberar recursos para os municípios da região.
No entanto, a “menina dos olhos” da Sudeco é o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que para este ano tem orçamento de R$ 9.511.783.494,00, dos quais R$ 3.138.888.553 são para Goiás, R$ 3.138.888.553 para o Mato Grosso, R$ 2.282.828.039 para Mato Grosso do Sul e R$ 951.178.349 para o Distrito Federal.
O recurso é destinado a contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região Centro-Oeste, mediante a execução de programas de financiamento aos setores produtivos, prioritariamente junto aos pequenos produtores rurais e microempreendedores individuais, bem como às pequenas empresas.
“Na Sudeco, o meu foco será trabalhar pelo desenvolvimento econômico sempre aliado com o desenvolvimento social, cultural e ambiental. Pretendo trabalhar projetos que contemplem o grande, médio e pequeno”, declarou Rose Modesto para a imprensa, completando que pretende implantar escritórios regionais da Sudeco em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para aproximar ainda mais os municípios.
Força política
Na prática, se para Magno Souza, Capitão Contar, André Puccinelli e Marquinhos Trad o pleito do ano passado levou as mãos e os anéis, no caso de Rose Modesto a derrota nas urnas levou apenas os anéis e deixou as mãos para segurar a “faca e o queijo”.
Afinal, comandando a Sudeco, a ex-deputada federal ganha projeção política para disputar a Prefeitura de Campo Grande em 2024, ou até mesmo tentar retornar à Câmara Federal em 2026, ou ainda para governadora ou senadora, pois o céu é o limite graças ao novo cargo aliado à presidência estadual do União Brasil – no entanto ainda pode ser questionada na Justiça.
Rose Modesto também ganha força para negociar com o governador Eduardo Riedel (PSDB) uma futura composição de olho nas eleições municipais de 2024 ou até mesmo nas eleições de 2026, quando, certamente, o chefe do Executivo estadual deve tentar a reeleição e não vai querer obstáculos na sua caminhada.
Por outro lado, os outros derrotados têm problemas mais sérios para solucionar do que se preparar para as próximas eleições, o que lhes enfraquece ainda mais politicamente, os colocando até mesmo como cartas fora do baralho do jogo político que se avizinha.
Com informações do site Diário MS News