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sexta-feira, novembro 22, 2024
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“Não podemos titubear diante de desordem ou invasões”, diz Riedel sobre sem-terra

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), reafirmou que o governo buscará o diálogo para tentar impedir e solucionar possíveis invasões de terra no Estado, mas ressaltou que o Executivo não irá aceitar “desordem” e “ilegalidade”.

Conforme reportagem do Correio do Estado, na quarta-feira, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Claudinei Barbosa, disse que cerca de 450 famílias ligadas ao MST devem ocupar a região do Assentamento Itamarati já nos próximos dias.

Grupos estão acampados, atualmente, em beiras de estradas e rodovias. “A gente tem uma posição muito clara aqui no Estado, nós vamos manter a ordem, nós não podemos titubear diante de desordem ou invasões, quaisquer que sejam, nós temos garantia o direito de propriedade”, disse Riedel.

O governador disse ainda que buscará o diálogo com eventuais invasores para entender a motivação. “A gente não pode adotar práticas de 20, 30 anos atrás, vamos buscar soluções conjuntas”, disse.

Segundo Riedel, a reforma agrária é de competência e um desejo do governo federal e o governo será parceiro no processo. “Agora, não podemos aceitar nenhum tipo de desordem. O Mato Grosso do Sul vai permanecer em ordem, vamos conversas com aqueles que estão buscando serem ouvidos, mas não é dessa maneira [invasões] que nós vamos conseguir solução”, ressaltou.

O governador se reuniu ontem com políticos, senadores e o presidente da Federação da Agricultura, que procuraram o Executivo estadual para externar a preocupação com a eventual invasão de terras.

“Não estamos tendo invasões, mas o aumento de acampamento na beira de rodovias, que não é bom também e põe em risco a vida das pessoas que estão lá”, explicou.

“Temos que entender com esses movimentos, a sua causa, a sua luta e buscar solução, mas dentro da legalidade, o que nós não podemos aceitar é a ilegalidade”, concluiu Riedel.

Ocupação
Conforme coordenador nacional do MST, Claudinei Barbosa, os integrantes devem ocupar a região situada a 50 km de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, no início de março.

Além do assentamento Itamarati, segundo o coordenador, o MST também se organiza para ocupar a região centro-norte do Estado, entre os municípios de Corguinho e Rochedo.

No dia 18, a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) invadiu a Fazenda Fernanda, localizada em Japorã, município distante cerca de 475 km da Capital.

Paulo Cesar Franjotti (PSDB), prefeito de Japorã, base da invasão à Fazenda Fernanda, ocupada por integrantes da FNL, disse à reportagem que não foi procurado nem por produtores nem pelos ocupantes das terras.

“Acredito que, dos fundiários que estiveram em Japorã, apenas dois ou três eram do município. Soube que produtores até do Paraná vieram para cá”, frisou Franjotti.

Questionado sobre as eventuais motivações que insuflaram a ocupação, o prefeito disse que a ação deve ter sido coordenada por meio de informações recebidas por parte dos integrantes da FNL.

Com informações do Correio do Estado

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