Mato Grosso do Sul ocupa o 13º lugar entre os estados brasileiros que mais matam pessoas trans. Em um ano, o estado subiu uma colocação no ranking como mais violento para as trans. O levantamento preocupa às vésperas do Dia da Visibilidade Trans, celebrada no domingo, 29 de janeiro.
Conforme levantamento da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), no Dossiê Assassinatos e Violências Contra Travestis e Transexuais Brasileiras em 2022, divulgado nesta sexta-feira (27), o Estado contabilizou 5 vítimas em 2022, duas a mais que o registrado em 2021.
Na série história, que teve início em 2017, MS já soma 15 casos envolvendo assassinato de pessoas trans, aponta o dossiê da Antra. O dossiê aponta que a expectativa de vida de uma pessoa travesti, transexual ou transgênero no país é de menos de 35 anos.
No Brasil, um total de 131 assassinatos foram registrados, 61% das mortes de pessoas trans ocorreram no primeiro semestre. O mês mais letal para o público foi o mês de fevereiro, com 22 mortes registradas. A média de assassinatos por mês contra pessoas trans foi de 11.
O levantamento mostra que Pernambuco foi o estado que mais matou a população trans em 2022, com 13 assassinatos, saindo da 5ª posição para assumir o primeiro lugar no ranking. Em seguida, aparece o estado de São Paulo, que caiu da 1ª para a 2ª posição, e do Ceará, que saiu de 4º para 3º em 2022, ambos com 11 vítimas. Em seguida no ranking aparecem os estados de Minas Gerais (9), Rio de Janeiro (8), Amazonas (8) e Bahia (7).
Paraná, Pará e Espírito Santo tiveram 6 assassinatos cada; Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Sergipe com 5 casos cada. Seguidos de Alagoas, Paraíba e Maranhão com 4 assassinatos em cada estado e o Rio Grande do Norte com 3 crimes.
O levantamento mostra que foram registrados ainda 2 casos no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Distrito Federal. Um homicídio em Rondônia, no Piauí e em Roraima. Não foram encontrados casos reportados no Acre, em Tocantins – pelo segundo ano consecutivo – e no Amapá.
O estudo mostra que a maioria das vítimas são pessoas com idades entre 15 e 35 anos, daí a expectativa de vida. Em 2017, 86% das vítimas tinham entre 16 e 35 anos. Já em 2018, tivemos 85% entre 17 e 35 anos. Em 2019, apresentou 74% das vítimas entre 15 e 35 anos; 2020 teve 73% dos casos entre 15 e 35 anos e; 2021 com 81% entre 13 e 35 anos. Já em 2022, tivemos 81% das vítimas entre 15 e 35 anos.
Com informações do Midiamax