Nas redes sociais, amigos lamentaram a morte de Victor Kauan Coelho de Souza, de 23 anos, morto em confronto com a Polícia Militar, na noite de ontem (25), na Rua Valparaíso, no Bairro Guanandi, em Campo Grande.
Segundo as postagens, Victor já havia alertado os amigos sobre as ações dos policiais que terminam em confronto. “Poxa, meu mano. Como foi acontecer isso? Nossas conversas trocadas sobre esses policiais que tão matando a molecada. Você até falou altas vezes para tomar cuidado. Agora fizeram com você, meu mano. Cuida de nós ai de cima. Nunca será esquecido”, escreveu um amigo.
“É sempre assim… troca de tiros. Que ódio desse mundo! O que está acontecendo meu Deus, que estão fazendo isso e ninguém está fazendo nada, matando pai de família”, desabafou internauta. Termina uma vida, nasce uma saudade”, lamentou outro amigo de Victor Kauan no Facebook.
Dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) mostram que nos dois primeiros meses deste ano, 13 pessoas morreram, somente na Capital, em confronto com a polícia.
Conforme boletim de ocorrência, a Polícia Militar fazia rondas pela região, quando o rapaz, identificado posteriormente como Victor Kauan, ao avistar a viatura deixou cair objeto que aparentava ser uma arma de fogo, enrolada numa camiseta, e rapidamente entrou pelo portão da residência, situação que causou desconfiança na equipe.
Os policiais, então, pularam o muro e Victor correu para os fundos do imóvel e na sequência se escondeu no quarto de uma edícula nos fundos do terreno. Foram dadas várias ordens para que ele erguesse as mãos para ser abordado, mas sem sucesso.
Ainda conforme registro policial, em determinado momento, o rapaz apontou um revólver calibre 32 e disparou contra os policiais, que revidaram atirando por 3 vezes e ferindo Victor. O rapaz foi socorrido ao Hospital Regional, mas não resistiu.
A arma do autor, de acordo com a polícia, tinha três cápsulas e estavam picotadas, “sendo que ele [Victor Kauan] disparou, porém não deflagraram”. Nesta manhã, a reportagem esteve na casa onde ocorreu o confronto e encontrou os familiares reunidos, mas eles não quiseram dar entrevista.
Com informações do Campo Grande News