Na tarde desta sexta-feira, durante convenção estadual do MDB em Campo Grande, o ex-senador Waldemir Moka será aclamado como novo presidente do diretório do partido em Mato Grosso do Sul, com a missão de reerguer a sigla no Estado para que recupere o protagonismo do passado, quando a legenda administrou o governo por dois mandatos consecutivos e a prefeitura da Capital por quatro mandatos.
Para isso, Waldemir Moka disse ao Correio do Estado que pretende investir na juventude e também nas mulheres do partido.
“O meu principal desafio é a reconstrução do MDB. Não gosto da palavra renovação, porque temos companheiros antigos na legenda que, ao longo de uma vida, sempre empunharam a bandeira do partido. No entanto, temos de atrair novas lideranças para a sigla, e vou trabalhar nesse sentido”, afirmou.
Ele completou que pretende percorrer os municípios do interior de Mato Grosso do Sul para ouvir as lideranças do MDB e solicitar a elas que façam um esforço a mais para a reconstrução do partido.
“Quero me reunir com os jovens porque penso que chegou a hora de ouvir o núcleo JMDB em vez de fazer discursos para eles ouvirem. O momento é de ouvir e não de falar, quero saber o que pensa essa nova geração e extrair dela o que gostaria de ter como bandeira política”, pontuou.
OUTROS NÚCLEOS
O ex-senador recordou que, no passado, as bandeiras da juventude eram o direito ao voto aos 16 anos de idade e a luta pelas Diretas Já, mas, agora, a cabeça dos jovens é outra.
“Temos de descobrir o que eles querem que seja discutido pelo MDB. Quero fazer a mesma coisa com o MDB Mulher, pois, nos dias atuais, o protagonismo delas não se discute mais, já é uma conquista consolidada na política”, argumentou, revelando que outros núcleos do partido também serão ouvidos.
Waldemir Moka garantiu ao Correio do Estado que pretende recomeçar com a autocrítica de que o MDB precisa de reestruturação.
“Já fiz isso no passado, e quando assumi o comando naquela ocasião tínhamos perdido a Prefeitura de Campo Grande e o governo do Estado. Pouco tempo depois, o Juvêncio César da Fonseca foi eleito prefeito, ganhando do Levy Dias, e, em seguida, veio o André Puccinelli, que ficou por dois mandatos como prefeito”, recordou, completando que agora será a terceira vez que assume a presidência do MDB.
Além do ex-senador, o novo diretório estadual do partido terá como vice-presidente o secretário de Estado da Casa Civil, Eduardo Rocha, e como 1º secretário o deputado estadual Renato Câmara.
Os demais deputados estaduais do partido, Junior Mochi e Marcio Fernandes, também terão lugar na executiva. O ex-governador André Puccinelli não fará parte porque já é o presidente de honra do MDB de Mato Grosso do Sul.
ELEIÇÕES MUNICIPAIS
Sobre as eleições municipais do próximo ano, Waldemir Moka reforçou que, atualmente, o partido está presente em 62 municípios de Mato Grosso do Sul, incluindo diretórios e comissões provisórias, porém, o objetivo é chegar a 79 cidades até o início de 2024.
“Para isso, vamos ouvir todas as lideranças do MDB, para saber onde teremos candidatos a prefeito com chances de vencer as eleições e onde não teremos para compor, dando preferência para o nosso principal aliado, que será o PSDB”, declarou o novo presidente estadual do partido, pregando a aliança fechada com os tucanos.
A respeito de Campo Grande, ele disse que a preocupação no momento é montar uma chapa forte de vereadores para conseguir o maior número de cadeiras possível na Câmara Municipal.
“Precisamos disso com ou sem uma candidatura própria a prefeito”, destacou, frisando que, por enquanto, o candidato ao cargo de prefeito pela legenda é o ex-governador André Puccinelli.
Questionado com relação à meta de prefeitos eleitos nas eleições de 2024, Waldemir Moka ressaltou ao Correio do Estado que não pretende estabelecer um número.
“O meu foco é a reestruturação do MDB, depois vamos discutir as outras questões”, finalizou o ex-senador da República.