O ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, utilizou a Palavra Livre, na sessão desta terça-feira (16), para falar sobre o andamento e avanços da Rota Bioceânica, além do papel e benefícios para Campo Grande no empreendimento. O convite foi feito pelo vereador Otávio Trad.
“O impacto será muito profundo. Não sei se é do conhecimento de todos, mas as mudanças serão radicais em relação aos padrões que existem na atualidade”, prometeu. “Com o corredor rodoviário bioceânico, vamos romper paradigmas. A conexão se fará direto com o Pacífico, com o Chile, a região do Chaco, norte da Argentina. As conexões se farão de maneira mais direta. O empresário local terá um papel de protagonista, não será intermediário de interesses”, garantiu.
A Rota Bioceânica é um corredor rodoviário de 2,3 mil quilômetros, que interliga o Oceano Atlântico aos portos de Antofagasta e Iquique, no Chile, cortando o Brasil, Paraguai e Argentina. O objetivo é encurtar as distâncias, otimizando as exportações do Centro-Oeste brasileiro a mercados como Ásia, Oceania e Estados Unidos.
“O Centro Oeste brasileiro, infelizmente, não dispõe de uma costa e ficou, por décadas, sujeito a uma logística centralizada entre Buenos Aires e São Paulo. Isso deixou Mato Grosso do SUl dependente dos portos brasileiros, de uma logística onerosa e prejudicial aos produtores do Estado”, continuou.
Ainda segundo o ministro, a Rota irá ‘obrigar’ o empresário local e aperfeiçoar seus serviços. “[A Rota] vai obrigar o empresário e se internacionalizar, importando e exportando diretamente a produção. Estamos falando de, em apenas dois anos, estarmos com a rota construída, a ponte construída”, completou.
Jeozadaque Garcia
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal