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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Menina acolhida em unidade da SAS sonha em ser policial e ganha surpresa de PMs no dia do aniversário

A sirene e o giroflex ligados anunciaram a surpresa preparada pela equipe da Unidade de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (UAICA 2) para uma das meninas acolhidas na unidade, que nesta quarta-feira (11) completou dez anos.

Ansiosa, a garota não segurou o choro quando viu a viatura do 1º Batalhão da Polícia Militar estacionar no portão da unidade. Acompanhada pelo irmão de seis anos, ela correu em direção à subtenente Edilaine Mansueto Alves e as lágrimas de alegria ficaram mais forte quando ela recebeu das policiais uma farda infantil. “É tudo um sonho o que está acontecendo”, dizia a pequena, enquanto agradecia a equipe da UAICA e as policiais do Batalhão.

A surpresa começou a ser arquitetada há pelo menos três meses, quando a menina chegou na unidade, que acolhe crianças e adolescentes na faixa etária de quatro a 12 anos. Sabendo do desejo da garota em ser policial, a coordenadora da unidade, Fernanda dos Santos Moreira entrou em contato com a subtenente e viabilizou, primeiro, uma chamada de vídeo que aconteceu na semana passada.

Foram pelo menos 15 minutos de conversa que deixaram a menina quase sem reação. “Ela ficou tão emocionada que mal conseguia falar”, contou a coordenadora Fernanda. Depois de ouvir conselhos e o incentivo da subtenente em não desistir do seu objetivo mesmo com as adversidades, a menina encerrou a chamada com a promessa de que, em breve, receberia uma surpresa do Batalhão, que acabou sendo seu presente de aniversário.

“Desde quando era pequena observava eles na rua e a vontade de ser PM só aumentava. Me chama muito a atenção o jeito que eles ajudam as pessoas”, ressaltou a garota.

Já a subtenente Edilaine acredita que ações sociais dessa natureza são motivo de inspiração para os policiais. “Eu cresci ouvindo que se você não fizesse algo correto a polícia iria te prender. Ver essa mudança de pensamento e o desejo de uma criança em ser policial nos deixa muito feliz, por isso nos unimos e não poderíamos deixar de participar de um dia tão especial como esse para ela”, frisou.

Acolhimento humanizado

Para que o encontro presencial fosse realizado, todos os protocolos de biossegurança foram adotados e toda a equipe envolvida, incluindo a menina, realizaram testes recentes para Covid-19. A surpresa também contou com o aval do Poder Judiciário.

Tão emocionada quanto a menina, a coordenadora Fernanda ressaltou que todo o trabalho em organizar o encontro teve como foco o olhar humanizado adotado pela Política de Assistência Social do município.

“Foi um empenho muito grande de todos. Ficamos realizados em poder plantar uma sementinha do bem para que ela consiga enxergar que o que ela sonha é possível de realizar. Existe esse tratamento humanizado no sentido de trazer esperança e mostrar que a vida pode ser mudada. Através desse olhar fazemos grandes trabalhos com as crianças e adolescentes, mostrando a importância de cultivar os sonhos”, pontuou.

Desde 2017, o serviço voltado a crianças abrigadas nas Unidades de Acolhimento Institucional (UAI) de Campo Grande tem se tornado referência nacional devido à postura de intervenção humanizada, que consegue ampliar o acesso às seguranças socioassistenciais garantidas pela política pública de Assistência Social.

Após a confraternização, que teve direito a bolo e decoração especial, a menina, junto com os outros seis acolhidos na unidade, tiveram a oportunidade de entrar na viatura e conhecer alguns dos equipamentos utilizados pelos policiais.

A aniversariante contou que a visita das policiais foi o momento mais especial de sua vida até hoje e só fez crescer o amor e o desejo de vestir uma farda oficial um dia. “A primeira coisa que vou fazer quando me tornar policial é criar uma ONG para ajudar pessoas que estão nas ruas. Sei que precisa estudar muito, mas quero ser a melhor policial que eu puder”, concluiu a garota, ainda com lágrimas nos olhos.

Também participaram da surpresa, a terceiro-sargento Luciene dos Santos Ferreira, a cabo Juliana Gabriela Martins e a primeiro-tenente Luzia Freire

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