Um escândalo que envolve processo licitatório da Câmara Municipal de Coronel Sapucaia pode afetar a candidatura da vereadora Niagara Patrícia Gauto Kraievski (PP) a prefeita do município. De acordo com denúncia enviada ao site Campo Grande Informe, apesar de as empresas oferecerem cotações bem mais baixas do que o valor final de R$ 80.861,00, a empresa vencedora do certame foi a TV Coutinho Ltda., de propriedade de Thiago Coutinho, marido Niagara Kraievski.
Apesar das cotações significativamente menores oferecidas por outras empresas, a Câmara Municipal, sob a presidência de Maria Eloir Flores Rodrigues, optou por ignorar as propostas mais vantajosas e fechar o contrato com a empresa superfaturada de Thiago Coutinho. Essa decisão levanta sérios questionamentos sobre o critério de escolha utilizado na licitação e aumenta as suspeitas de que o processo foi direcionado para beneficiar o marido da candidata a prefeita pelo PP.
Em 3º lugar na carta-convite, apareceu a empresa C Grazieli Soares Ltda. (Mercearia Frutilar), que é de propriedade de uma amiga íntima e pessoal da então vereadora Niagara Kraievski, que, na época, ocupava o cargo de vice-presidente da Câmara Municipal. As ligações pessoais e políticas entre os envolvidos sugerem fortemente que o processo licitatório foi direcionado para beneficiar aliados próximos da vereadora.
Essa nova informação reforça a suspeita de que a licitação não foi conduzida de forma isenta, mas sim com o claro intuito de favorecer empresas ligadas a figuras influentes do cenário político local. Com Niágara Kraievski ocupando uma posição de poder na Câmara Municipal e tendo relações próximas com as empresas envolvidas, a situação levanta questionamentos sérios sobre a integridade do processo e a possível violação da legislação.
A situação sugere um claro favorecimento político em detrimento dos interesses da população, que agora se vê diante de um possível esquema de corrupção e desvio de recursos públicos. Empresas locais que apresentaram valores justos e compatíveis com o mercado foram preteridas em favor de uma empresa com valores superfaturados, o que aponta para um desrespeito às leis de licitação e à moralidade pública.
O site Campo Grande Informe apurou que as denúncias devem ser enviadas para o MPE (Ministério Público Estadual) para investigar os claros indícios de fraude e direcionamento. O escândalo está provocando revolta junto à população de Coronel Sapucaia, que exige uma respostas sobre quem mais está envolvido no esquema.