Criminoso que estuprou duas crianças e matou uma delas asfixiada, Marcos Antônio Barrios, 18, foi levado na tarde desta quarta-feira (1º) para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).
Desde sábado (25), ele estava na carceragem da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), em Dourados. Os crimes ocorreram em Douradina, cidade a 192 km de Campo Grande e a 37 de Dourados.
Para não ser agredido por outros presos também levados para o presídio nesta tarde, o estuprador foi algemado e colocado pelos policiais no banco traseiro da viatura (veja as imagens acima). Os outros foram no compartimento com grade.
O primeiro estupro praticado por Marcos Antônio ocorreu no Réveillon deste ano. A vítima foi uma menina indígena de 7 anos. O criminoso aproveitou momento em que a criança estava sozinha, a sequestrou e levou para um matagal, onde a agrediu e a estuprou.
A vítima foi encontrada no dia seguinte, com ferimentos no rosto e sangramento. Em decorrência dos ferimentos, ela ficou um mês internada no HU (Hospital Universitário), em Dourados.
Na noite de sexta-feira (24), depois de fumar crack com amigos, Marcos Antônio decidiu furtar uma moto Honda Biz que estava na casa da menina. Ele levou a moto a um galpão e depois voltou para junto dos amigos.
Ao ver a criança em frente à casa, decidiu sequestrá-la. “Estava muito doido”, disse o assassino, na delegacia. Ele arrastou a criança até o mato, amarrou as mãos e pés dela com as roupas da criança e a estuprou. Também usando pedaços de pano, a estrangulou.
Tempo depois, para se certificar que a menina estava morta, Marcos Antônio voltou até o local do estupro. “Ele afirmou que estava fora de si em razão do uso de substância entorpecente, mas se recorda que, após o estupro, deixou a criança amarrada e depois retornou ao local para confirmar se ela estava com vida”, afirmou o delegado Mateus Rocha, da Polícia Civil.
Para a polícia, o criminoso queria ter certeza que a menina estava morta, para não correr o risco de ser reconhecido posteriormente. Após o estupro do Ano Novo, ele mudou o visual e voltou a usar o cabelo na cor natural (no dia do primeiro crime estava com o cabelo descolorido).
Entretanto, a vítima apontou algumas características, que levaram os investigadores a suspeitar de Marcos após o segundo estupro. “Em razão disso, por ter deixado essa ponta solta, neste segundo crime ele retornou ao local para eliminar possível identificação”, disse Mateus Rocha.
Questionado sobre o estupro do dia 1º de janeiro, Marcos Antônio negou afirmando que nem estava em Douradina naquela data. Entretanto, seus familiares desmentiram essa versão.
Laudo da perícia enviado para a delegacia de Douradina confirmou que a menina de 6 anos foi estuprada antes de ser estrangulada até a morte. A delegada responsável pelo caso, Isabelen Silva Souza Alapenha, o laudo necroscópico apontou características de conjunção carnal. “A causa da morte foi asfixia mecânica com características de estrangulamento”, explicou a delegada.
Com prisão preventiva decretada pela Justiça, Marcos Antônio agora responde por estrupo, assassinato e ocultação do corpo da menina de 6 anos e por estupro e tentativa de homicídio qualificado da criança indígena.
Com informações do Campo Grande News