A modernização de todo o parque tecnológico da Rede Municipal de Saúde, reforma e entrega de unidades, expansão e consolidação de serviços visando a melhoria da qualidade da assistência prestada à população campo-grandense dão novas perspectivas à área da saúde para este ano de 2023 em Campo Grande.
O Município deve investir cerca de R$ 20 milhões na compra de equipamentos e reestruturação de toda a rede de informática da Saúde, o que irá refletir diretamente na melhoria dos serviços, auxiliar nos processos internos e trazer benefícios no atendimento. Os recursos já estão assegurados.
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Conforme o planejamento estabelecido pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Município, localizadas nos bairros Coronel Antonino, Vila Almeida, Universitário, Leblon , Santa Mônica e Moreninhas, serão completamente reformadas com o objetivo de solucionar problemas estruturais crônicos e melhorar as condições de trabalho para os servidores e o acolhimento ao paciente.
Na projeção de investimentos e melhorias para a área da saúde estão previstas ainda a reforma e revitalização de ao menos outras dez unidades de Saúde, incluindo os quatros Centros Regionais de Saúde (Sesau), além do Centro de Especialidades Médicas (CEM) e bases descentralizadas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A construção da USF Jardim Perdizes deve ser retomada.
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Há previsão ainda da implementação do primeiro Centro de Estudos Municipal de Saúde voltado à capacitação e formação de profissionais da área da saúde. O espaço contará com área total de 430,00 m2, onde serão implantadas sala de informática, biblioteca, salas de aula, sala de reunião, além da recepção e salas administrativas.
No último ano, a saúde do Município de Campo Grande avançou em importantes frentes a partir do investimento na estruturação e melhoria dos serviços. Dez unidades de Saúde foram completamente revitalizadas recebendo pintura externa e interna, reparos no telhado, parte elétrica e hidráulica, adequações de acessibilidade, entre outras melhorias.
O Centro de Doenças Infectoparasitárias (CEDIP) foi completamente reestruturado, recebendo melhorias na parte estrutural, pintura na parte externa e interna, piso, revisão no telhado, parte elétrica e hidráulica, além da ampliação da farmácia, beneficiando mais de 3 mil pacientes que são atendidos no local, com melhor estrutura e ambiência. Localizado no complexo de saúde do Nova Bahia, Região do Prosa, o CEDIP é composto por três unidades: Serviço Ambulatorial Especializado, Atendimento Domiciliar Terapêutico e Hospital Dia.
Moradores do Bairro Santa Emília e região puderam finalmente comemorar a entrega da unidade de saúde do bairro, aguardada por mais de 30 anos. A unidade possui três equipes de saúde da família, formada por médicos, enfermeiros, técnicos, dentistas, agentes de saúde, entre outros, e foi escolhida para receber a residência médica e multiprofissional se tornando uma Unidade Escola. A USF Santa Emília conta ainda com o serviço de Teleinterconsulta, com a oferta de atendimento nas especialidades de cardiologia e psiquiatria.
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A Prefeitura de Campo Grande também inaugurou em dezembro de 2022, mais uma unidade de saúde, a USF Dr. Nasri Siufi – Jardim Presidente. Aguardada por décadas pelos moradores da região, a unidade vai beneficiar mais de 9 mil pessoas com atendimento médico e multiprofissional.
A Rede Municipal de Saúde recebeu 17 mil itens novos de enxoval, entre toalhas, lençóis, cobertores, entre outros, para as unidades de saúde, proporcionando melhoria no acolhimento dos pacientes.
O atendimento a pessoas em sofrimento mental foi ampliado em Campo Grande, com a abertura da 4ª Residência Terapêutica tipo II, Dulcinéia de Toboso, localizada no Bairro Monte Líbano. O fortalecimento da rede de assistência psicossocial e o investimento em novas estruturas é fundamental no desenvolvimento e qualidade do atendimento ofertado a estes pacientes, bem como proporciona melhores condições aos servidores.
O serviço de Teleinterconsulta foi expandido passando a integrar a rotina de dez unidades de saúde e a oferecer atendimentos em três especialidades: cardiologia, psiquiatria e nefrologia, com o objetivo de ampliar o acesso dos pacientes. O serviço já acontece nas Moreninhas, Tiradentes, Batistão, Coophavilla, Parque do Sol, Itamaracá, Vida Nova, Noroeste, Oliveira e Santa Emília.
Os convênios para realização de cirurgias eletivas foram ampliados, beneficiando milhares de pessoas que estavam na fila de espera. Somente com o Hospital Adventista do Pênfigo foram executadas 240 cirurgias eletivas por mês de trauma ortopédico eletivo (TOE) e cirurgias do aparelho digestivo. No Hospital São Julião foi realizado mutirão de retinopatia diabética, atendendo 800 pacientes e zerando a fila de espera.
A oferta de exames de ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia e doppler obstétrico na Rede Municipal de Saúde foi ampliado com a aquisição de um novo equipamento de ultrassom para o Centro de Atendimento à Mulher (CEAM), passando a ofertar mais 52 exames por mês.
O combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – foi intensificado com a campanha Operação Mosquito Zero, que mobilizou todas as secretarias e órgãos municipais. Mais de 87 mil imóveis foram vistoriados. O trabalho contribuiu para que Campo Grande mantivesse baixos índices de notificações das doenças transmitidas pelo mosquito. Há dois anos a Capital não enfrenta uma nova epidemia de dengue.
A Capital Sul-mato-grossense implementou uma iniciativa inédita no mundo de implantação do método Wolbachia, o “Wolbito em Casa”. Cerca de 3 mil alunos, de 17 escolas municipais, estão envolvidos no projeto.
Campo Grande é uma das cinco cidades do País escolhidas para integrar um projeto executado em parceria com a Fiocruz, a Word Mosquito Program (WMP) e o Ministério da Saúde, que utiliza a ciência como aliada no combate a dengue, zika e chikungunya.
Na Capital, o projeto Wolbachia já está em sua sexta e última fase de liberação de mosquitos com a bactéria de mesmo nome, capaz de inibir a transmissão destas doenças. Na natureza, os chamados “Wolbitos” se reproduzem com os mosquitos selvagens criando uma população de mosquitos incapazes de transmitir a dengue, zika e a chikungunya, contribuindo assim para o controle destas doenças.
Na contramão de outras capitais e do Estado, Campo Grande registrou redução recorde nos casos de dengue, se comparado com os últimos quatro anos. Os índices atuais são considerados satisfatórios. O resultado é reflexo das ações desenvolvidas pelo Município mesmo durante o período de pandemia.
Outros avanços
Desde 2017, onze novas unidades de saúde foram inauguradas em Campo Grande nos bairros: Sírio Libanês, Vila Cox, Oliveira, Azaléia, Dom Antônio Barbosa, Zé Pereira, Cristo Redentor, Arnaldo Estevão Figueiredo, Aero Rancho Granja, Santa Emília e Jardim Presidente, sendo essas duas últimas entregues em 2022, além de três Clínicas da Família nos bairros Nova Lima, Portal Caiobá e Iracy Coelho. Outras 30 unidades foram ampliadas e reformadas. Atualmente, o Município conta com 73 unidades básicas e de saúde da família e a sexta maior cobertura de saúde da família entre as capitais. A implementação das maiores residências médica e multiprofissional em saúde da família do país também foram preponderantes no processo de fortalecimento da Atenção Primária.
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Nos últimos dois anos, mais de 1,4 mil novos profissionais de saúde aprovados em concurso foram convocados, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, farmacêuticos, administrativos, entre outros. O quantitativo é mais que o dobro das 633 vagas previstas no edital. O Município conseguiu a habilitação no Ministério da Saúde de diversos serviços, desde a Atenção Básica à Especializada, assegurando um aporte anual de R$ 60 milhões.
O serviço de Teleantendimento instituído durante a pandemia de Covid-19, em 2020, foi ampliado passando a fazer o monitoramento de pacientes com suspeita de Monkeypox. A ferramenta foi implementada para atendimento de casos suspeitos de Covid-19 e outras SRAG e foi recentemente ampliado para atender também os casos da varíola. Sem sair de casa, os pacientes com suspeita da doença podem receber orientações e ser atendidos por um médico.