Candidata a deputada estadual, a professora de Educação Física pretende ser uma defensora das causas femininas na Assembleia Legislativa
Mato Grosso do Sul, conforme o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), é o 2º Estado do Brasil com o maior registro de aplicação das medidas protetivas de urgência para mulheres para cada 100 mil mulheres entre janeiro de 2020 e maio de 2022. Ainda conforme o levantamento, no período analisado, foram 25.280 medidas protetivas de urgência e, em números gerais, o Estado aparece em 7º lugar.
O CNJ também constatou que a medida protetiva que proíbe a aproximação do agressor da vítima ou familiares e testemunhas é a maioria no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), onde 98,37% dos pedidos de medida protetiva de urgência foram deferidos. A análise geral dos dados aponta que o perfil das vítimas compreende mulheres entre 20 e 29 anos e entre 30 a 39 anos, enquanto os agressores são, na maioria, homens, tendo entre 30 e 39 anos, seguidos dos de 20 a 29 anos, sendo que o estudo comprovou que 84,4% dos agressores são do sexo masculino.
Preocupada com essa triste estatística, a professora de Educação Física Hellen Madona, candidata a deputada estadual pelo União Brasil com o número 44.744, pretende, caso seja eleita, apresentar um projeto de lei que estabeleça a criação de postos de saúde ou espaços dentro desses postos de saúde exclusivamente para mulheres nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul e onde os profissionais responsáveis pelos atendimentos – segurança, administrativo, enfermagem e clínica – sejam todos do sexo feminino.
“Nas minhas andanças pelos bairros da periferia de Campo Grande e em cidades do interior do Estado, as mulheres vítimas de violência reclamaram que, devido ao trauma com os agressores, não conseguem, psicologicamente, serem atendidos por profissionais do sexo masculino. E, muitas vezes, elas deixam de buscar o atendimento nos postos de saúde, complicando ainda mais a situação delas”, declarou a candidata, que tem um longo histórico de serviços e ações voltadas para as mulheres na Capital.
No caso exclusivo de Campo Grande, Hellen Madona vai propor a criação de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em cada uma das sete regiões da cidade. “Minha ideia é criar a UPA da Mulher, que teria apenas servidores do sexo feminino para atender apenas as mulheres, mais ou menos no mesmo estilo adotado pela Delegacia da Mulher. Dessa forma, com certeza, estaríamos dando mais segurança para as vítimas de violência”, afirmou.