Ginecologista procurado por assédio sexual e erro médico não é encontrado nem pelo CRM

O médico ginecologista Salvador Walter Lopes de Arruda, que é procurado pela Polícia por assédio sexual e erro médico contra suas pacientes, não está sendo localizado nem pelo CRM/MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul).

O órgão tenta notificar Salvador de Arruda para que ele compareça à oitiva em processo ético profissional aberto para investigá-lo em 2021. No edital de intimação, o ginecologista é tido como “em lugar incerto e não sabido”.

Ele também é ex-diretor do HR (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian) e, em abril deste ano, a Polícia Civil, através da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), divulgou um cartaz de procurado com a foto dele.

Na ocasião, o ginecologista estava com mandado de prisão em aberto desde 2020 e respondia a pelo menos quatro processos na esfera criminal, todos em segredo de Justiça.

Desta vez, pelo CRM, a intimação era para comparecimento em audiência para oitivas da pessoa que o denunciou, bem como de suas testemunhas. Tal audiência se refere ao procedimento 70/2021, mas há outro em andamento, o 17/2021, em que o mesmo tipo de comunicado foi publicado em Diário Oficial.

Em um terceiro procedimento no conselho, o 11/2018, ele foi penalizado com censura pública em publicação oficial por negligência, assim como por afastar-se de suas atividades profissionais sem deixar outro médico responsável, por abandono de paciente e por deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente.