Na última terça-feira(23/03), a Fecomércio MS protocolou documento solicitando à Prefeitura Municipal de Campo Grande que as óticas sejam incluídas no rol de serviços essenciais. Segundo o presidente da Federação, Edison Araújo, a reivindicação baseia-se no argumento de que as empresas são essenciais na produção de lentes e aviação de receitas médicas, incluídas na lista identificada no anexo ao decreto 14.683 de 19 de março.
“Não há dúvidas para nós que esses estabelecimentos, por serem locais onde se exercem atividades relacionadas diretamente com a saúde, cumpre o que se exige no decreto”, argumenta Edison Araújo.
No documento, a Federação afirma que “o momento é desconforto para a sociedade e para o setor produtivo, pelo volume de pessoas acometidas pela Covid-19, levando o executivo a editar decretos como o da semana passada que restringem a abertura de estabelecimentos comerciais e de serviços no município; entretanto, existem atividades que deixaram de constar no anexo em suas edições.”
De acordo com a empresária Célia de Souza Silva, que representa o setor ótico no Sindivarejo Campo Grande, pede que o Executivo olhe com atenção para o segmento. Segundo ela, muitos donos de óticas são proprietários sem funcionários ou tem apenas um colaborador, o que não gera aglomeração nem risco à saúde. “Sem falar que todos os comerciantes cumprem a legislação: seja no tocante ao número máximo por cliente na loja, seja quanto às medidas de biossegurança. Não podemos pagar essa conta, pois não somos responsáveis pela aglomeração”, justifica.
A comerciante diz que o setor vem acumulando perdas há vários anos, sendo que – entre dezembro do ano passado a fevereiro de 2021 – as vendas caíram ainda mais. “Mal pagávamos água e luz. Estávamos tendo um pouco de reação neste início de março”, alega. De acordo com ela, o setor reúne 300 empresas em Campo Grande e emprega 300 funcionários. “São 300 famílias em risco com seus empregos”.