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domingo, novembro 24, 2024
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Ex-prefeito Gilmar Olarte é denunciado por golpe do falso leilão que deu prejuízo a fiéis

O ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (sem partido), que também é pastor, foi denunciado pelo MPE (Ministério Público Estadual) pelo golpe do falso leilão em um casal de fiéis que teve prejuízo de R$ 800 mil. Ele, uma gerente de banco e um intermediário foram denunciados por estelionato e associação criminosa.

Segundo o site O Jacaré, a promotora de Justiça Cristiane Amaral Cavalcante apontou que o golpe foi aplicado no dia 9 de novembro de 2020 e o ex-prefeito indicou o técnico em pavimentação Diego Aparecido Francisco, que se passou por advogado, para convencer o casal a comprar um prédio em leilão por R$ 350 mil na Avenida Marechal Deodoro, no Jardim Tijuca, em Campo Grande.

Amigo de Olarte e fiel na igreja evangélica Assembleia de Deus Nova Aliança do Brasil, o casal confiou no então pastor e fez o negócio com Diego Francisco, que cobrou R$ 60 mil a título de honorários advocatícios. Ele indicou a gerente do Banco Safra, Alessandra Carrilho de Araújo, que viabilizou o financiamento de R$ 800 mil para quitar o leilão e o capital de giro.

Os três foram indiciados pela Polícia Civil e denunciados pelos crimes no dia 9 deste mês. A denúncia será analisada pelo juiz Marcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande. Olarte está preso desde maio do ano passado para cumprir a pena de oito anos e quatro meses a que foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Ele tem direito a sair do presídio para frequentar a faculdade à noite. O ex-prefeito também foi condenado por lavagem de dinheiro pelo gasto de R$ 1,3 milhão na compra de um terreno e construção de uma mansão no Residencial Damha, em Campo Grande. O MPE quer ampliar a pena ao pedir a sua condenação também pela compra de mais nove imóveis.

No entanto, o julgamento do recurso está tramitando há dois anos na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O relator é o desembargador José Ale Ahmad Netto. Desde novembro do ano passado, o julgamento foi adiado cinco vezes.

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