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Na terra sem lei, que se transformou a fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, os pistoleiros fizeram mais uma vítima no fim da tarde de ontem (27). Trata-se do ex-policial paraguaio Ramón Aliende Roble, 39 anos, o “Leon”, que foi executado a tiros de pistola calibre 9 mm em um sobrado na Rua Picuíba, nas proximidades de um terminal de ônibus, localizado no Bairro Virgen de Caacupé, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS).
Com essa morte, o número de execuções na região chega a 51 somente neste ano, sendo 7 mortes em janeiro, 9 em fevereiro, 12 em março, 6 em abril, 2 em maio, 6 em junho, em 8 julho e 6 em agosto. Ramón Roble recebeu vários disparos na cabeça e, conforme o comissário César Casco, da Polícia Nacional do Paraguai, foram encontradas 37 cápsulas de munição calibre 9 mm disparadas por dois pistoleiros que estavam em uma motocicleta vermelha.
Ainda segundo César Casco, “Leon” já tinha sofrido outros atentados, sendo que o último foi no dia 25 de julho, na Villa Ygatemi, no Departamento de Canindeyu. Ele estava de carro junto à companheira, de 23 anos, quando foi atacado com tiro na coxa e ombro por dupla em motocicleta, sendo que ficou internado no Hospital de Curuguaty, recebendo alta neste mês.
Em 17 de dezembro de 2022, Ramón Roble sofreu outro atentado, sendo atingido na altura do pescoço quando dirigia um veículo no trajeto entre 11 de Septiembre e Villa Ygatimí. Em junho de 2010, ele foi destituído do cargo da Polícia Nacional por abandono de função, sendo que era suboficial-adjunto.
