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sábado, dezembro 6, 2025
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InícioCâmara Municipal“Estamos colhendo provas de que esse serviço não funciona”, afirmou Maicon Nogueira

“Estamos colhendo provas de que esse serviço não funciona”, afirmou Maicon Nogueira

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Consórcio Guaicurus, da qual o vereador Maicon Nogueira é membro, ouviu nesta quarta-feira (25), durante a Audiência Pública, os usuários do transporte público. Também foi disponibilizado um link ao vivo da praça Ary Coelho, onde a população pode fazer suas perguntas e reivindicações.

“Estamos colocando o dedo na ferida e o que essa Casa de Leis está tendo é coragem. Ficou evidenciado nas oitivas que o Consórcio permitiu sucatear essa frota, permitindo que ficasse numa idade totalmente acima da contratual, que são 5 anos. E hoje rodam com quase o dobro da idade permitida”, frisou o vereador Maicon Nogueira.

De acordo com o parlamentar, ouvir a população faz parte de uma importante fase da CPI. “Essa conta não fecharia ouvindo apenas aquela fiscalização ou a regulação que falhou, sem ouvir os usuários. Então hoje é um dia muito importante, mesmo eles repetindo que o serviço é ruim, pois consta isso em relatório”, explicou.

CARO E INEFICIENTE

“Estamos produzindo uma documentação cabal de que as pessoas estão padecendo de um serviço que é caro e ineficiente. Estamos hoje, juntos colhendo provas de que esse serviço não funciona. Provas ao Ministério Público, ao Poder Judiciário para chegar junto à Prefeitura e ao Consórcio e desmentir muito das coisas que tivemos que ouvir aqui nessas oitivas de que: O elevador funciona, não há tantos atrasos e não há cancelamentos de multas”, enfatizou Maicon.

Para Ana Lúcia Ramirez Mendonça, moradora do jardim Talismã, o transporte público deixa muito a desejar “Sou usuária há mais de 30 anos e defino o nosso transporte público como um lixo. Sobre a reformas de terminais só trocaram os bancos, que não precisavam ser trocados. O chão é um lixo, há anos que não se vê água nem sabão. O banheiro não funciona e cheira mijo. Eu me recuso a entrar nesses ônibus lotados com alguém me encoxando. A desculpa da pandemia já foi, desabafou a usuária.

O vereador destacou que não abre mão de defender o interesse da população. “Quando fizeram esse contrato, há 13 anos, foi amarrado de tal forma que está previsto, que se em determinado momento a empresa tiver um prejuízo com a operação, o poder público tem que subsidiar. E ano após ano, desde a pandemia, o Consórcio vem pedindo uma ampliação desse subsídio, motivo pelo qual estamos aqui reunidos, no meio de uma CPI que é histórica, por que em 13 anos de contrato as pessoas já reclamavam do preço, do atraso, da frota sucateada, mas é esta legislatura que teve a coragem e a ousadia de investigar este contrato.

RESPOSTAS

Maicon Nogueira salienta que a população também necessita compreender a prerrogativa da Casa de Leis. “Tem gente que cobra, por exemplo, porque não interrompemos o contrato, porém não é o poder Legislativo que o ocasiona essa interrupção. Se tiver que ser interrompido quem tem a autonomia é quem contratou, ou seja o poder Executivo”, explicou.

“Estamos fazendo a nossa parte para que possamos no médio e no longo prazo obter respostas concretas como aumentar o número da frota, trocar esse ônibus sucateados, fazer aquisição de novos ônibus, veículos com ar-condicionado e rodando a gás para que não polua o meio ambiente,  para que possamos investir em concurso público para regular melhor esses contratos e fiscalizar melhor essas empresas, e por fim investimento em mobilidade urbana para resolver os problemas dos corredores e avançar, com transporte digno e de qualidade”, finalizou o vereador.

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