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quarta-feira, junho 26, 2024
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Engenheira do ES conhece os avanços da AGEMS e projetos bem-sucedidos de gestão de resíduos sólidos

O trabalho da Agência Estadual de Regulação (AGEMS) em relação a gestão de resíduos sólidos e projetos desenvolvidos pela Prefeitura de Maracaju e um hospital de Campo Grande foram foco de intercâmbio com a Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP). A engenheira Ambiental e gerente de Regulação de Resíduos Sólidos da agência capixaba, Jéssica Novelli, visitou Mato Grosso do Sul esta semana, para conhecer e compartilhar experiências.

A engenheira foi recebida na sede da AGEMS pelo diretor-presidente Carlos Alberto de Assis, pela diretora de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos, Iara Marchioretto, a coordenadora da Câmara Técnica de Resíduos Sólidos Danielle Adma e o engenheiro ambiental e sanitarista João Lucas Alves.

“Estamos extremamente satisfeitos com a colaboração e troca de experiências com a ARSP. Nós temos ótimas conexões com outras agências reguladoras, o que agrega em ambos os lados. A gestão de resíduos sólidos é uma questão crucial para o bem-estar do nosso Estado, e a parceria com a Prefeitura de Maracaju e o hospital de Campo Grande, demonstra nosso compromisso com soluções inovadoras e eficientes. Essa colaboração fortalece nosso papel como agência reguladora e contribui significativamente para o avanço das políticas públicas em nosso estado”, comenta o diretor-presidente.

“Receber reguladores de outras localidades, assim como nós temos ido também conhecer experiências diferentes, fortalece o sistema regulatório, a discussão e a busca por soluções colaborativas”, avalia a coordenadora da Câmara de Resíduos Sólidos Danielle.

Em visita técnica a Maracaju, as duas engenheiras e outros integrantes da coordenadoria da AGEMS conheceram os avanços que o município tem atingido por meio de boas práticas de gestão e pelo comprometimento das equipes da Secretaria de Meio e Ambiente e da Gerência de Resíduos Sólidos.

Outra experiência foi a visita ao Hospital São Julião, na Capital, onde o investimento em coleta seletiva, reciclagem, compostagem e reflorestamento, permitiu ao Hospital São Julião se tornar o primeiro no Brasil a receber o certificado de “rumo ao lixo zero”, após alcançar um índice de 82% de redução de resíduos sólidos enviados ao aterro sanitário.

O projeto da unidade hospitalar foi detalhado pelo presidente da instituição, Carlos Augusto Melke, e o gerente Bruno Maddalena. “Foi interessante ver como esse conceito reflete um esforço de todos os colaboradores na luta contra o desperdício, com o objetivo dar destinação adequada aos resíduos e contribuir com o aumento da vida útil dos aterros por meio da redução do envio de rejeitos aos aterros sanitários”, conta Danielle.

Na sede do hospital, a Escola Estadual Padre Franco Delpiano também está buscando o certificado de “lixo zero” com o mesmo objetivo sustentável. Atualmente, a escola alcança índices superiores a 78% de redução do envio de resíduos sólidos aos aterros e, ao atingir 90%, será uma das primeiras escolas do país a receber a certificação oficial, sendo guiados pelo princípio da cultura do cuidado, o que torna esse progresso possível.

Cadeia de valor

Em Campo Grande, outro ponto de interesse visitado foram as empresas Berpran Ambiental e Portoplast. A relação entre elas é um exemplo de integração na cadeia de valor da gestão de resíduos plásticos. A primeira, se especializa na coleta, reciclagem e processamento de resíduos sólidos, particularmente plásticos. Esses materiais reciclados são transformados em matérias-primas reutilizáveis, como granulados e flakes de polímeros plásticos​.

A Portoplast, por sua vez, é uma empresa que produz embalagens plásticas e outros produtos derivados do plástico reciclado. A colaboração entre as duas empresas é benéfica para ambas, com uma fornecendo a outra matérias-primas recicladas que são fundamentais para a produção sustentável das embalagens.

Esse ciclo produtivo não só reduz a quantidade de resíduos plásticos que vão para os aterros sanitários, mas também diminui a necessidade de novos polímeros virgens, contribuindo para uma economia circular e mais sustentável.

A gerente da ARSP encerrou o intercâmbio com satisfação pelo resultado. “Amei a experiência e os locais que visitei, vi que é possível realizar o gerenciamento dos resíduos sólidos, tendo participação ativa dos envolvidos e da alta gestão. Foi gratificante ver as crianças aprendendo e participando nas ações de educação ambiental”, afirmou Jéssica Novelli.

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