Homenagem foi uma proposição do vereador Reimont, pelos 90 anos de presença das Paulinas no Brasil, e a solenidade aconteceu nesta quinta (11)
“O País precisa de esperança, e, neste cenário, Paulinas continuará contribuindo para a edificação de uma sociedade justa, fraterna e solidária.” Nesse trecho do seu discurso, irmã Renilda Formigão, conselheira provincial para a missão Paulina, resumiu a história da entidade que inspirou o vereador Reimont Luiz Otoni Santa Bárbara a propor que a Congregação das Irmãs Paulinas recebesse a mais alta honraria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a Medalha Pedro Ernesto.
A solenidade de entrega da medalha foi realizada na manhã de quinta-feira (11), no Salão Nobre da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, com a presença da já citada irmã Renilda Formigão, representando a superiora provincial irmã Ana Marlene Konzen, e das irmãs paulinas Aparecida Fernandes, Elóine Terezinha Corazza, Gabrielle Feitosa Bezerra, Maria Goretti de Oliveira, Roseane do Socorro Barbosa e Silvânia Freire da Silva, além dos colaboradores Alex de Paula Tiago, André da Conceição Nicácio, Gilberto da Conceição, Hugo Lopes de Almeida, José Edilson de Lima e Levi Ferreira Arruda.
Com a sessão sendo presidida pelo vereador Reimont, a mesa foi composta pela irmã Renilda Formigão; por Dom Roberto Lopes, vigário episcopal para a Vida Consagrada e Novas Comunidades da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e delegado arquiepiscopal para Causas dos Santos, representando o cardeal arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta; pela madre Mary Luce Rufino Alves, diretora do Instituto das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia, neste ato representando a Conferência dos Religiosos do Brasil – Regional do Rio de Janeiro; por Amaro França, gestor educacional, diretor executivo da Rede Sagrado e articulista da revista Família Cristã; por Cintia Barreto, educadora, escritora e coordenadora do curso de Literatura da Universidade Candido Mendes – UCAM; e por Danielle Paul, presidente da Associação Estadual de Livrarias do Estado do Rio de Janeiro, mestra em Bens Culturais e Projetos Sociais pela FGV/RJ; dentre outras autoridades e convidados.
Primeira a discursar, Danielle Paul destacou a importância das Paulinas tanto por suas livrarias, espalhadas por todo o Brasil, quanto pela participação em eventos, como feiras e bienais do livro. “As livrarias Paulinas têm uma função social muito importante, principalmente em tempos de pandemia”, disse Danielle. Logo depois, o vereador Reimont convidou a escritora Cintia Barreto para discursar. Segundo ela, “são ricas e preciosas as contribuições literárias por parte das Paulinas”.
Em seguida, foi convidado a falar Amaro França, que destacou a presença das Paulinas na vida de todos. “Quantas vidas, quanta missão, quanto trabalho ao longo desses 90 anos. Ao longo desses anos, a missão Paulina não perdeu a sua essência”, disse Amaro.
A irmã Mary Luce Rufino Alves falou em seguida, agradecendo às Paulinas a missão e o trabalho no Rio de Janeiro e destacando o trinômio utilizado na campanha de comemoração dos 90 anos de Brasil: Vocação, Palavra e Missão.
Dom Roberto Lopes destacou a coragem das primeiras irmãs paulinas que desembarcaram no Brasil. “Que coragem a dessas mulheres. Desde o começo as Irmãs Paulinas eram missionárias, profetas, indo de porta em porta. Essas irmãs fizeram algo fantástico em tão pouco tempo. Elas favoreceram muito a minha formação religiosa, pois, antes delas, a maioria das publicações teológicas eram em francês. Que beleza de carisma”, destacou Dom Roberto.
Em seguida, foi apresentado um vídeo com um resumo da história das Paulinas no Brasil, seguido de um discurso emocionado do vereador Reimont. “Vivemos em um estado laico, mas com pessoas que creem, pessoas de fé. É um orgulho homenagear as Irmãs Paulinas, que são uma preciosidade. Vocês marcaram a vida do Brasil, a nossa história. A galeria das entidades que receberam a Medalha Pedro Ernesto, maior honraria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, se enriquece com as Paulinas. Vida longa às Paulinas. Que bom que vocês existem”, disse o vereador.
A irmã Renilda Formigão encerrou a solenidade com um discurso agradecendo ao vereador a comenda, aos presentes e ressaltou toda a história da missão até os dias atuais. “O nome ‘Paulinas’, pelo qual somos chamadas, vem do Apóstolo Paulo, inspirador de nossa vida e missão. Com ele aprendemos o amor ao Evangelho, a abertura a todos os povos, a audácia para atuar em situações sempre novas e desafiadoras. Seguindo os passos de Paulo Apóstolo, assumimos o anúncio do Evangelho como meta de vida”, disse ela. Além disso, ela destacou a função social desenvolvida pelas Paulinas, falou dos desafios da missão durante a pandemia, do trabalho no Rio de Janeiro e, ao final, agradeceu a todas e a todos os presentes, concluindo com uma frase do Papa Francisco: “Apenas os que dialogam podem construir pontes e vínculos”.
Sobre Paulinas:
Referência de qualidade, ética e respeito pela diversidade cultural, Paulinas Editora está presente no Brasil desde 1931 e, ao longo de sua trajetória, vem sendo reconhecida por sua atuação com inúmeras premiações, com destaque para oito Prêmios Jabuti – o mais importante prêmio literário do País, conferido pela Câmara Brasileira do Livro –, e com participação em feiras literárias internacionais. Assume como valores em sua ação: Alegria em servir; Amor à missão; Colaboração e criatividade; Comunhão e participação; Espiritualidade; Harmonia e beleza; Ética e responsabilidade social.