Levantamento feito pelo Correio do Estado com base nos dados disponibilizados pelo Siga Brasil Emendas, sistema do Senado Federal, revela que o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) foi mais generoso para Mato Grosso do Sul nos primeiros sete meses do ano passado do que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nos primeiros sete meses deste ano.
De janeiro a julho de 2022, Bolsonaro pagou em emendas parlamentares R$ 260.982.527, destinados ao Estado e aos municípios por indicações de deputados federais e senadores, enquanto Lula autorizou a liberação de R$ 219.523.923 no mesmo período, ou seja, 15,89% a menos.
Em todo o ano passado, a gestão da direita pagou para Mato Grosso do Sul R$ 347.130.838, e de janeiro a agosto deste ano, a administração da esquerda liberou R$ 253.086.988. Bolsonaro correu para liberar emendas em 2022 porque no 2º semestre do ano já não poderia mais por conta das eleições.
Do total já liberado neste ano por Lula, ou seja, R$ 253.086.988, a maior parte (R$ 148,7 milhões) foi em emendas parlamentares individuais, enquanto as emendas da bancada totalizaram R$ 104,4 milhões.
CAMPEÕES DE EMENDAS
Os campeões de emendas pagas em MS foram o senador Nelsinho Trad (PSD), com R$ 21,8 milhões, o ex-deputado federal Fábio Trad (PSD), com R$ 19,5 milhões, e a ex-deputada federal Rose Modesto (União), com R$ 16,8 milhões.
Logo em seguida estão a senadora Soraya Thronicke (Podemos), com R$ 13,7 milhões, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB), com R$ 13,5 milhões, o deputado federal Beto Pereira (PSDB), com R$ 12,7 milhões, e a ex-senadora Simone Tebet (MDB), com R$ 12,1 milhões.
Depois aparecem o deputado federal Vander Loubet (PT), com R$ 11,4 milhões, o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP), com R$ 8,6 milhões, o ex-deputado federal Loester Trutis (PL), com R$ 6,7 milhões, e a ex-deputada federal Bia Cavassa (PSDB), com R$ 5,9 milhões.
Bem atrás estão a senadora Tereza Cristina (PP), com R$ 3,1 milhões, o deputado federal Geraldo Resende (PSDB), com R$ 1,4 milhão, o ex-senador Waldemir Moka (MDB), com R$ 999,4 mil, o ex-senador Pedro Chaves (PSDB), com R$ 445,8 mil, e o ex-deputado federal Zeca do PT, com R$ 6,1 mil.
LOCALIDADES
Os municípios de Mato Grosso do Sul que mais tiveram emendas pagas nestes sete primeiros meses de 2023 são Campo Grande, com R$ 15,2 milhões, Três Lagoas, com R$ 4 milhões, Ponta Porã, com R$ 3,7 milhões, Dourados, com R$ 2,4 milhões, e Amambai, com R$ 2 milhões.
Depois vêm Vicentina, com R$ 600 mil, Porto Murtinho, com R$ 547,2 mil, Paraíso das Águas, com R$ 300 mil, Nova Alvorada do Sul, com R$ 285,5 mil, Dois Irmãos do Buriti, com R$ 239,8 mil, Corumbá, com R$ 204,6 mil, Fátima do Sul, com R$ 116 mil, Bonito, com R$ 99,4 mil, e Aral Moreira, com R$ 6,1 mil.