Inaugurado há quase um ano, o Bioparque Pantanal segue sendo administrado pelo governo do Estado e ainda não há previsão para que o local seja concedido à iniciativa privada.
Com custo mensal de cerca de R$ 1,2 milhão, o governo, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou ao Correio do Estado que não há novidades sobre o edital de concessão do local, que já recebeu cerca de 320 mil visitantes desde quando foi aberto ao público, no dia 3 de abril de 2022.
As obras do Bioparque Pantanal começaram em maio de 2011, ainda na gestão do ex-governador André Puccinelli (MDB), e terminaram em março de 2022, na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB). A abertura para a população ocorreu alguns dias depois.
Ao todo, foram 11 anos de construção, 13 licitações e 3 mandatos de governo até a conclusão da obra. O valor total investido no aquário foi de R$ 230 milhões, de acordo com Azambuja.
O Bioparque Pantanal tem 19 mil m² de área construída e 33 tanques, sendo 23 internos e 8 externos, além de um tanque de abastecimento e outro de descarte de efluentes.
O volume total de água é de 5 milhões de litros. O local é ponto turístico e centro de pesquisas e estudos do Pantanal Sul-Mato-Grossense.
O Bioparque tem aproximadamente 230 espécies de peixes, além de outros animais, como jacarés e sucuris. O local abriga 151 espécies pantaneiras, 55 da Amazônia, 14 africanas e cardumes da Oceania, da Ásia e da América Central.
CONCESSÃO
Antes mesmo de ter sua obra concluída, ainda em 2014, foi feito um edital de concessão do local, que teve como vencedor o Grupo Cataratas, que é gestor do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e das Cataratas do Iguaçu, no Paraná, entre outros empreendimentos.
Entretanto, após oito anos da assinatura do documento, quando as obras finalmente foram concluídas, o Grupo Cataratas desistiu de administrar o Bioparque.
“Em razão dessa revisão estratégica e do tempo decorrido entre o processo de concessão e a entrega desse ativo, houve um reposicionamento da empresa. O conselho de administração do grupo tomou a decisão, então, de não assumir a concessão do Aquário do Pantanal [Bioparque Pantanal]”, afirmou a empresa em comunicado oficial.
Desde então, o governo do Estado anunciou que ficaria responsável pelo Bioparque. A primeira previsão era de que isso ocorreria até o dia 31 de dezembro do ano passado, porém, como o processo de concessão não teve andamento, o prazo foi esticado para o fim deste mês.
Agora, o governo não trabalha mais com prazos, segundo nota de sua assessoria. “Até o momento, não há nenhuma alteração quanto ao tempo de gratuidade do Bioparque Pantanal. Por enquanto, segue como está”.
MELHOR DESTINO
Desde que foi aberto o local recebe de 1,5 mil a 2 mil pessoas diariamente, número de agendamentos e senhas distribuídas pelo atrativo turístico. Essa alta procura rendeu ao Bioparque um importante reconhecimento.
A revista estadunidense Time classificou o Bioparque Pantanal como um dos destinos de viagem mais extraordinários do mundo, em publicação no dia 16. Foi a terceira lista anual que elenca os 50 melhores destinos de viagem ao redor do mundo.
Segundo a Time, para a lista ser construída, foi solicitado à sua rede de correspondentes internacionais que enviassem nomes de lugares, países, regiões e cidades considerados locais onde fosse possível vivenciar experiências novas e estimulantes.