Dois jovens de 25 e 26 anos foram presos na madrugada desta quinta-feira (6) após serem flagrados fazendo ‘escolta’ de um interno da Casa do Albergado em Campo Grande. A dupla estava armada e em um carro blindado com sinais luminosos que imitava viatura policial descaracterizada.
A equipe do setor de inteligência da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou o GOI (Grupo de Operações e Investigações) na quarta-feira (5) de que um veículo Pajero, de cor prata, estaria realizando a escolta de um interno da unidade Casa do Albergado.
Todos os dias o veículo chega ao estabelecimento penal antes das 6h. Os ocupantes do veículo estariam armados no intuito de fazer a segurança do interno.
Diante das informações, os policiais fizeram vigilância e monitoraram o local, quando por volta das 5h15 um veículo com as mesmas características estacionou próximo ao estabelecimento. Foi feito contato com a viatura caracterizada e realizada abordagem.
Os dois rapazes foram revistados e nada com eles foi encontrado, porém dentro do veículo no assoalho foi encontrado um revólver calibre .38 com seis munições intactas e um celular.
Questionada, a dupla contou que estava ali para fazer a segurança de um “mano” vulgo “neguinho” pois seriam oposição a facção PCC (Primeiro Comando da Capital).
Ainda durante vistoria no veículo, chamou atenção da polícia que o veículo era blindado, inclusive havia um botão que acionava sistema luminoso vermelho e branco na parte dianteira e traseira, idêntico a uma viatura policial descaracterizada.
Ainda durante a prisão, um dos jovens contou que a sua casa, no Jardim Penfigo, seria utilizada por companheiros do crime para preparação de drogas. A polícia foi até o local e encontrou duas balanças de precisão, rolo de filme de filme plástico, dinheiro em espécie além de um caderno com anotações de venda de drogas.
Juntos, os jovens responderão por tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, falsificação ou uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da administração pública e associação criminosa. O caso foi registrado na Depac Centro.