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quarta-feira, novembro 20, 2024
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Duas crianças estão entre novos casos suspeitos de febre maculosa em Campo Grande

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou ontem (3) que o número de casos suspeitos de febre maculosa em Campo Grande subiu para oito, o que representa um aumento de 50% em comparação com a semana anterior, quando eram monitorados quatro casos.

Entre os casos mais recentes estão duas crianças, uma menina de 1 ano de idade, moradora da zona rural de Campo Grande, e um menino de 3 anos, que frequentou uma área rural recentemente.

Os outros dois casos divulgados nesta segunda-feira são dois homens de 38 e 48 anos. Conforme a Sesau, o homem de 38 anos tem histórico de passagem pela área rural e o segundo é morador da zona rural. Todos os pacientes encontram-se em casa, com quadro de saúde estável.

O primeiro caso foi notificado no dia 17 de junho. A paciente, uma criança de 1 ano, permaneceu internada em um hospital particular da Capital até o dia 24 de junho. Ela teve alta e apresenta quadro estável, estando assintomática.

O segundo caso é de uma mulher de 63 anos, moradora do Mato Grosso e que visitava parentes em Campo Grande. No dia 21 de junho, a paciente procurou um hospital particular onde foi notificada como suspeita. Conforme a Sesau, ela está em recuperação domiciliar.

Os outros dois casos são de dois homens, um de 61 anos, notificado no dia 21 de junho, e o outro de 29 anos, notificado no dia 23 de junho. Ambos têm histórico de viagem para o interior do Estado.

Em nota, a Sesau esclareceu que para diagnóstico de febre maculosa são necessárias duas coletas de materiais com intervalo de 15 dias. Nesse tempo o material é enviado ao laboratório para análise, por isso ainda não há nenhum diagnóstico da doença em Campo Grande.

A febre maculosa é uma doença infecciosa grave que acomete humanos devido à bactéria do gênero Rickettsia. No Brasil, a principal forma de transmissão da doença é por meio dos carrapatos, considerados vetores da febre maculosa. A doença só é transmitida a partir do animal, isso significa que não é contagiosa entre humanos.

Conforme o Ministério da Saúde, no Brasil duas espécies da bactéria riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa. A Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB), considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos estados da Região Sudeste.

Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves. O que explica a maior incidência da doença na região Sudeste do país.

O principal sintoma da febre maculosa é a febre alta, seguida por dor de cabeça intensa, náusea e vômitos, diarreia e dor abdominal e dor muscular constante. Outra característica da doença é inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, além de gangrena nos dedos e orelhas.

Além disso, com a evolução da Febre Maculosa é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés. Em casos graves, pode haver paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.

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