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Dez presidentes da OAB/MS comparecem a sessão comemorativa aos 30 anos do Estatuto da Advocacia

Na manhã desta quinta-feira (04), a OAB/MS celebrou os 30 anos do Estatuto da Advocacia com sessão solene em homenagem aos presidentes da instituição.

Compuseram a mesa de autoridades: o Presidente da OAB/MS Bitto Pereira; Vice-Presidente Camila Bastos; Secretário-Geral Luiz Renê Gonçalves do Amaral; Secretária-Geral Adjunta Leticia Arrais Miranda Guimarães; Diretor-Tesoureiro Fábio Nogueira Costa; Conselheiro Federal e membro honorário vitalício Mansour Elias Karmouche; Presidente da CAAMS Marco de Oliveira Rocha; Vice-Presidente da CAAMS Marta do Carmo Taques; ex-Presidentes Augusto José Corrêa da Costa; Renê Siufi; Claudionor Abss Duarte; Elenice Pereira Carille; Carlos Marques; Júlio César Souza Rodrigues; Desembargador do TJMS Alexandre Bastos, representando o Presidente do TJMS; Procuradora-Geral do Estado Ana Carolina Garcia; Presidente da Amamsul Mariel Cavalin.

Também estiveram presentes: Conselheiros Federais Gaya Schneider e Ricardo Pereira; Diretor-Tesoureiro da CAAMS Euclydes Bruschi Jr.; Diretora-Geral da ESA/MS Lauane Andrekowisk Volpe Camargo; Vice-Diretor João Paulo Delmondes; Conselheiros Estaduais Ana Maria Medeiros; Beatriz Stuart; Bianca Braga Medeiros; Bruna Milan; Bruno Azambuja; Caio Duncan Couto; Carlos Ormay Júnior; Caroline Karmouche; Carolina Braff; Daniel Pasqualotto; Douglas Oliveira; Guilherme Novaes; Heitor Canton de Matos; Heitor Miranda Guimarães; Heloysa Furtado; Ildália Aguiar; Jackeline Torres; Larissa Brandão;Regis Santiago; Renata Amorim; Tiago Bunning; o Presidente da Subseção Aquidauana Vinicius Mendonça de Britto; Presidente da Subseção Chapadão do Sul Salvador Divino de Araújo; Presidente da Subseção Camapuã Patricia Teodoro Pinto de Castro; Presidente da 29ª Subseção Miranda, Michelly Bruning.

Os Presidentes homenageados foram: Wilson Barbosa Martins (1979 – 1980); Augusto José Corrêa da Costa (1981 – 1982); Leonardo Nunes da Cunha (1983 – 1984) Renê Siufi (1983 – 1985); Hélvio de Freitas Pissurno (1986-1987); Claudionor Abss Duarte (1988 – 1989); Elenice Pereira Carille (1989/91 – 1991/93); Carlos Marques (1998 – 2000); Geraldo Escobar Pereiro (2004-2006); Leonardo Avelino Duarte (2010-2012); Júlio César Souza Rodrigues (2013 – 2015); Mansour Elias Karmouche (2016/19 – 2019/21).

Os Presidentes que não participaram da solenidade justificaram a ausência.

O Presidente Augusto José Corrêa da Costa, discursou em nome dos ex-Presidentes. “As emoções se acumulam. Voltar à Casa do Advogado, qual filho pródigo, depois da ausência por algum tempo. Rever alguns ex-presidentes da Seccional, e, revendo-os, ter a responsabilidade de falar em seus nomes, tarefa para a qual, certamente, me faltarão engenho e arte. Conhecer, agora, novos colegas advogados, o que, certamente, me rejuvenesce, e que por isso e por muito mais, lhes sou grato. Vocês todos que compõem a Ordem de hoje, a Ordem de amanhã, a Ordem de sempre”.

O Desembargador, Alexandre Bastos, discursou: “Eu não sei se os mais jovens têm noção do que está reunido aqui, a história da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado de Mato Grosso do Sul está presente nesta sala. Aqui nós temos ídolos, mestres, inspirações de todos nós. Impossível dizer da figura de ídolo que representa todos os ex-presidentes que aqui estão”.

O Presidente da OAB/MS, Bitto Pereira, agradeceu a presença de todos. “Que honra e que dia memorável. Todos nós somos feitos de histórias e a história da OAB está aqui sendo contada. Esse é um momento que ficará na minha memória para sempre, que bom que celebrarmos os 30 anos do Estatuto da Advocacia nos possibilitou essa honrosa homenagem institucional àqueles que dedicaram a sua vida à advocacia e as boas causas da OAB/MS”.

Confira na íntegra o discurso do Presidente Augusto Corrêa da Costa

Honra-me o Presidente Bitto Pereira com a outorga da palavra para falar em nome dos Presidentes do Conselho Seccional neste dia comemorativo do 30º ano de vigência da Lei no. 8.906, de 4 de julho de 1994, que criou o novo Estatuto da Advocacia.

As emoções se acumulam. Voltar à Casa do Advogado, qual filho pródigo, depois da ausência por algum tempo. Rever alguns ex-presidentes da Seccional, e, revendo-os, ter a responsabilidade de falar em seus nomes, tarefa para a qual, certamente, me faltarão engenho e arte. Conhecer, agora, novos colegas advogados, o que, certamente, me rejuvenesce, e que por isso e por muito mais, lhes sou grato. Vocês todos que compõem a Ordem de hoje, a Ordem de amanhã, a Ordem de sempre.

Reunimo-nos, agora, advogados para saudar o Estatuto, que normatiza não só os direitos e deveres da classe, como se alonga pelo campo da liberdade e da defesa dos princípios democráticos. É vocação nossa, com a inquietação crítica do advogado, debater os seus problemas, os problemas da Ordem e os problemas do Brasil. E eles se confundem tanto que se torna difícil a distinção entre as apreensões do advogado, as preocupações da Ordem e as angústias do Brasil. E, por se fundirem essas instituições, sagradas para nós, é que deve ser renovado a cada um, a cada dia, ser advogado, ser Ordem, ser Brasil.

Reforço o entendimento para que nos congreguemos sempre na defesa da liberdade e da democracia, porque sem liberdade sucumbe a advocacia; sem a intervenção do advogado, não há justiça; sem justiça não há ordenamento jurídico e, sem este, inexistem condições de vida para o cidadão brasileiro.

E deixo aqui uma sugestão ao Conselho Federal da OAB. Não seria a Ordem dos Advogados um instrumento adequado para tentar harmonizar os Poderes da República, hoje tão distanciados e conflitantes em suas competências? Não seria a Ordem dos Advogados a orientadora para iluminar a inteligência política nacional, hoje, tão extremada e agressiva em suas divergências? Fica a ideia. Se for boa, que se a incremente.

Como é bom estarmos, nesta hora, presidente que fomos, com nossos colegas advogados. Ontem, no início da tarde, quando fui convidado para falar em nome dos ex-presidentes, procurei alguém que dissesse palavras mais ricas que estas por mim ditas. Encontrei na obra de NEHEMIAS GUEIROS, antigo presidente do Conselho Federal, citando Fiot De La Manche ao dizer, elogiando a profissão do advogado: “Sem armas esta profissão doma a força; sem força arrosta a violência; sem violência reduz o fausto e a prepotência à modéstia e ao temor. A pobreza a procura como seu asilo; a riqueza como seu apoio; a honra como a sua luz; a reputação como a sua égide; a própria vida como meio de conservação. A justiça a venera como um dos instrumentos dos seus oráculos; a eloquência tem-na como filha predileta; a virtude é especialmente o seu motivo e a sua recompensa; a ciência lhe serve de regra e guia, e a fama amplifica o esplendor dos seus sucessos e da sua glória. Ela comove os indiferentes, conforta os fracos e detém os poderosos; e se todos a admiram, os juízes a estimam. Enfim, atrair sem constrangimento, conquistar sem império e triunfar sem vaidade e sem orgulho; aí estão as suas características. Prosperar sem repreensões, acreditar-se sem cabala, elevar-se sem favor, manter-se sem baixeza, envelhecer sem corrupção, eis as suas vantagens. Ter alegrias puras, glórias sem mácula, reputação sem reticências, mérito sem inveja, nisto a sua felicidade e em tudo isso a sua perfeição”.

Com certeza, esses são os parâmetros que os advogados, intimamente, se propõem. Esses são os conceitos que a Ordem dos Advogados nos impõe.

Já falei mais do que costumo, possivelmente, até abusando da generosidade das pessoas que me ouvem, pelo que peço as desculpas que devo. Ocorre que quando o advogado fala dos advogados para os advogados, ele se alonga, se repete, vibra, cresce e, às vezes, até exagera, pelo que conto com a magnanimidade de todos para relevar um ou outro excesso.

Por fim, agradeço. Agradeço ao Presidente Bitto Pereira a honra que me deu de falar em nome dos ex-presidentes dessa casa. Por certo a escolha foi feita mais pela minha antiguidade do que por meu merecimento. Agradecemos as homenagens que nos foram prestadas. Renovo ao eminente presidente Bitto a admiração de todos nós pela sua pessoa, pelo seu talento e por sua administração à frente do Conselho Seccional.

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