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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Deputado Jamilsom Name enfatiza a necessidade de Combate à Violência Contra a Mulher em MS

Neste mês é celebrado o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher. O deputado estadual Jamilsom Name (PSDB) fez um apelo urgente sobre os alarmantes índices de violência contra mulheres em Mato Grosso do Sul, destacando a necessidade contínua de enfrentar essas agressões e discriminações.

“É fundamental que reforcemos as políticas públicas para que possamos diminuir esses números preocupantes e garantir a proteção das mulheres em nossa sociedade”, declarou o deputado.

De acordo com o Monitor de Violência Contra a Mulher do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), em 2015 foram registrados 17 casos, um número que mais que dobrou em 2016, saltando para 35.

Desde então, os dados mostraram oscilações, com picos em 2020 (40 casos) e 2022 (44 casos) — o maior total no período analisado. Até o momento, em 2025, já foram contabilizados 29 casos, evidenciando a urgência de ações continuadas no enfrentamento da violência contra a mulher.

Os dados também revelam que a maioria das ocorrências se dá em residências e locais semelhantes, totalizando 208 registros. As propriedades rurais somam 65 casos, seguidas pelas vias urbanas, com 58 relatos de violência. Outros locais mencionados incluem estabelecimentos comerciais (9), unidades de saúde (8), vias rurais (6), espaços públicos (2) e escolas (2), além de um caso registrado em outro tipo de estabelecimento de ensino.

Perfis das Vítimas

A maior parte das vítimas é composta por mulheres adultas, com idades variando entre 30 e 59 anos, seguidas por jovens de 18 a 29 anos. Também há registros de idosas, adolescentes e até crianças, evidenciando que a violência de gênero afeta diversas faixas etárias e demanda atenção em todas as fases da vida.

Em relação à raça e cor das vítimas, a predominância é de mulheres pardas (161 registros), seguidas por mulheres brancas (75 casos). Também foram documentadas ocorrências envolvendo mulheres pretas (10) e indígenas (2). Em outros 105 casos, não foi possível identificar a cor ou raça das vítimas.

Os dados mostram ainda que, na maioria das situações, o agressor tem um vínculo direto com a vítima. O cônjuge é identificado como o principal autor das agressões, com 76 registros, seguido por conviventes (23) e filhos (10). Outros laços familiares, como namorados, irmãos, sogros, cunhados, avós e pais, também foram observados entre os agressores.

Orientações

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra as mulheres. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. O Ligue 180 presta os seguintes atendimentos:

orientação sobre leis, direitos das mulheres e serviços da rede de atendimento (Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.;

informações sobre a localidade dos serviços especializados da rede de atendimento;

registro e encaminhamento de denúncias aos órgãos competentes;

registro de reclamações e elogios sobre os atendimentos prestados pelos serviços da rede de atendimento.

É possível fazer a ligação de qualquer lugar do Brasil ou acionar o canal via chat no Whatsapp (61) 9610-0180. Em casos de emergência, deve ser acionada a Polícia Militar, por meio do 190.

Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira funciona 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana, e está localizada na Rua Brasília, s/n, no bairro Jardim Imá.

No local, além da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), também atuam a Defensoria Pública, o Ministério Público, a Vara Judicial de Medidas Protetivas, além de serviços de atendimento social e psicológico.

A Casa conta ainda com alojamento, brinquedoteca (espaço de cuidado para crianças), a Patrulha Maria da Penha e o apoio da Guarda Municipal.

Para contato, basta ligar para o número 153.

Casos de Assassinato:

Uma lista trágica de mulheres assassinadas entre fevereiro e setembro em Mato Grosso do Sul ilustra a gravidade da situação.

Karina Corim (Caarapó) – 4 de fevereiro

Vanessa Ricarte (Campo Grande) – 12 de fevereiro

Juliana Domingues (Dourados) – 18 de fevereiro

Mirielle dos Santos (Água Clara) – 22 de fevereiro

Emiliana Mendes (Juti) – 24 de fevereiro

Gisele Cristina Oliskowiski (Campo Grande) – 1º de março

Alessandra da Silva Arruda (Nioaque) – 29 de março

Ivone Barbosa (Sidrolândia) – 17 abril

Thácia Paula (Cassilândia) – 11 de maio

Simone da Silva (Itaquiraí) – 14 de maio

Olizandra Vera Cano (Coronel Sapucaí) – 23 de maio

Graciane de Sousa Silva (Angélica) – 25 de maio

Vanessa Eugênio Medeiros (Campo Grande) – 28 de maio

Sophie Eugenia Borges, filha de Vanessa Eugênio Medeiros (Campo Grande) – 28 de maio

Eliana Guanes (Corumbá) – 6 de junho

Doralice da Silva (Maracaju) – 20 de junho

Rose (Costa Rica) – 27 de junho

Michely Rios Midon Orue (Glória de Dourados) – 3 de julho

Juliete Vieira – (Naviraí) – 25 de julho

Cinira de Brito (Ribas do Rio Pardo) – 31 de julho

Salvadora Pereira (Corumbá) – 02 de agosto

Letícia Ananias de Jesus (Cassilândia) – 8 de agosto

Dahiana Ferreira Bobadilla (Assassinada no Paraguai, mas encontrada em Bela Vista) — 8 de agosto

Érica Regina Mota (Bataguassu) – 27 de agosto

Dayane Garcia (Nova Alvorada do Sul) – 3 de setembro

Iracema Rosa da Silva (Dois Irmãos do Buriti) – 8 de setembro

Ana Taniely Gonzaga de Lima – 13 de setembro

Gisele da Silva Cylis Saochine (Campo Grande) – 2 de outubro

Erivelte Barbosa Lima de Souza (Paranaíba) – 10 de outubro

Andreia Ferreira (Bandeirantes) – 12 de outubro

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