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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Criminosos “perderam” 95 carros de luxo, jet ski, moto, smartphones, notebooks e dinheiro em espécie

Balanço da “Operação Collector”, deflagrada na quarta-feira (16) pela Polícia Federal e Receita Federal contra o esquema de cobrança e lavagem de dinheiro pela “Máfia do Cigarro” na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, revelou que os criminosos “perderam” 95 veículos de luxo, entre eles uma caminhonete GM Silverado prata avaliada em R$ 1 milhão, um jet ski, uma motocicleta importada de 1.200 cilindradas, 26 smartphones, 9 notebooks, 5 HDs de computadores e dinheiro em espécie, sendo R$ 25.150,00, G$ 1,2 milhão e US$ 100,00.

Além disso, os policiais federais ainda apreenderam pen drives, contratos, notas promissórias e grande quantidade de cheques em nome de terceiros, o que pode significar crime de agiotagem. Durante a operação foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e 21 ordens de sequestro e suspensão de atividade de seis empresas em Naviraí, Caarapó, Itaquiraí e Mundo Novo.

Segundo a Receita Federal, também teve um mandado de busca e apreensão cumprido em São Paulo (SP). Os alvos integram organização criminosa especializada na lavagem de capitais oriundos do contrabando de cigarros e de outros crimes fronteiriços. As investigações mostraram que dois grupos foram constituídos pela organização.

O primeiro era responsável pela cobrança do dinheiro obtido na venda do cigarro contrabandeado. O pagamento tinha de ser feito em dinheiro, veículos ou imóveis e se fosse preciso, agia com violência para receber as dívidas, com 20% a título de comissão.

Já o segundo grupo era responsável por fornecer veículos para utilização dos cobradores, bem como vender outros automóveis que a organização recebia como pagamento pelo cigarro fornecido. Em Naviraí, duas revendas de veículos foram fechadas por ordem judicial.

Os investigadores descobriram que familiares e funcionários de revendedora de automóveis, além de outros “laranjas”, foram utilizados para blindar o patrimônio e ocultar os reais beneficiários das atividades ilícitas.

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