Pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, o Cetic.br, em 2024, revelou que 93% dos brasileiros entre 9 e 16 anos, ou seja, mais de 24 milhões de crianças e adolescentes são usuários da internet. E desses 24 milhões, mais de 20% já acessaram a internet antes mesmo dos seis anos de idade. A infância é uma etapa única, garantida por lei, como afirma o artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com direito à dignidade, ao respeito, ao brincar e à convivência segura. Mas a adultização vem de encontro a tudo isso e, portanto, é o assunto do próximo Mérito da Questão que vai ao ar nesta terça, dia 9 de dezembro, às 18h45, no canal 7.2 da TV aberta.
Embora seja um fenômeno antigo, a adultização ganhou nova dimensão com as redes sociais, que concentram um fluxo constante de informações, imagens e vídeos que nem sempre respeitam os limites de idade. Os riscos têm preocupado famílias, educadores e organizações que atuam na defesa de crianças e adolescentes. Para discutir tudo isso, o entrevistado do programa de amanhã é o juiz colaborador da Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJMS, Giuliano Máximo.
O magistrado esclarece na edição questões como: quais as causas da adultização, porque a adultização encontra um terreno fértil no ambiente virtual, de que forma a adultização abre caminho para riscos ainda mais graves, quais os problemas estruturais que ela se conecta, se foi possível avançar com a Lei Felca, o que o ECA Digital diz sobre redes sociais e sobre o que o combate à adultização exige da sociedade.
“O ambiente virtual é muito aberto, sem muitos filtros e bastante acessível, seja uma plataforma de vídeo, seja uma rede social ou jogos eletrônicos, e aquela criança é visualizada. O ECA Digital atribui parâmetros de atuação de plataformas digitais, fiscalização por parte do Governo e responsabilidade dos pais. O conjunto dessa atuação vai proteger as crianças e os adolescentes em relação a conteúdos inadequados ou de exposição. O problema das redes sociais são os algoritmos que não são muito claros para a gente e levam a múltiplos conteúdos do mesmo sentido. Precisamos de transparência nesses algoritmos”, defende Máximo.
O programa de amanhã, além do canal 7.2, será exibido no canal 9 (NET) em Campo Grande e 9 (via Cabo TV) em Dourados. E se você acompanha o Mérito da Questão, saiba que no canal do TJMS no Youtube você encontra todos os temas já discutidos por essa produção do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul que apresenta, a cada edição mensal, serviços, ações e projetos do Judiciário, e ainda como o trabalho da justiça tem operado em defesa da cidadania.


