Com o aumento do número de notificações de dengue em Campo Grande, o Governo do Estado publicou, no Diário Oficial do Estado, a criação do COE (Centro de Operações de Emergência) para atuar no auxílio do município, com diretrizes de vigilância para prevenção, controle, acompanhamento e avaliação de ações desenvolvidas para as arboviroses e doenças respiratórias.
Ainda na última quarta-feira (29), a Capital, por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), indicou com um “comunicado de risco” que Campo Grande enfrenta uma epidemia de dengue. No dia seguinte, a morte de uma menina de três anos foi registrada no Hospital Universitário, sendo a dengue hemorrágica uma das linhas de apuração da Sesau.
“Campo Grande apresenta hoje um crescimento no número de casos notificados de dengue, o que é esperado no período de chuvas, contudo esses dados são acompanhados constantemente para que, em caso de sinalização de epidemia, a pasta consiga, com a maior celeridade possível, tomar decisões que reduzam o tempo de espera por consultas, e medidas que evitem o aumento no número de casos”, disse em nota a Sesau.
Dados do Boletim de Dengue de 29 de março revelaram que Mato Grosso do Sul tem 53 de seus 79 municípios com altas incidências de dengue. Ainda em 23 de março, a secretária-adjunta estadual de Saúde, Crhistinne Maymone, já confirmava que outra arbovirose, a chikungunya, já foi sequenciada em 12 municípios de Mato Grosso do Sul, inclusive longe da região fronteiriça.
Ao todo, Mato Grosso do Sul tem 12 municípios de fronteira, em tempo que há altas incidências de dengue e chikungunya nos vizinhos Bolívia e Paraguai (fronteiriços com Corumbá e Ponta Porã, respectivamente). No fim da tarde de sábado (1º), representantes de áreas da saúde se reuniram para definir as ações iniciais do COE.