(Marco ASA) – O mundo assistiu a criação da Stellantis, quarta maior montadora de veículos do mundo, fusão da FCA – Fiat Chrysler Automobiles – com a PSA – Peugeot Critroën – reunindo marcas como Fiat, Chrysler, Jeep, Maseratti, Dodge, Ram, Opel, Peugeot e Citroen, além dos caminhões Iveco. A união afetará a produção de ambas as empresas no Brasil e, inclusive, a rede de concessionárias. Fica uma pergunta: como ficará a rede das marcas francesas concorrendo com as concessionárias agora “irmãs” da Fiat, uma potência no Brasil?
Os concessionários da Citroën no Brasil já estão insatisfeitos com o portfólio enxuto da marca. Com o fim da produção do C3 atual e Aircross (novas gerações chegam em 2021), os concessionários Citroën só têm o Cactus como carro de passeio para vender. Restam apenas os comerciais. O medo é que todas as marcas sejam revendidas pela rede Fiat, agora Stellantis.
Assim, todos os modelos, inclusive os franceses, chegaram aos locais onde não havia concessionárias PSA, através das Fiat, que também passariam a oferecer assistência técnica para os Peugeot-Citroën. Só o tempo dirá.
Modelos compartilhados – Já se pensa, na Stellantis, de modelos dividindo as plataformas. Um modelo que poderá voltar depois da fusão é o Fiat Punto, que ressurgiria sobre a plataforma CMP, do Peugeot 208, inclusive com uma versão híbrida. Além disso, a partir de agora, o desenvolvimento de novos modelos, principalmente elétricos, será feito em conjunto pelas marcas envolvidas. Assim, os custos ficam menores e as soluções atingem mais modelos.