A rede de atendimento do Sistema Único de Assistência Social e as políticas públicas voltadas a esse público é o tema do 3º Colóquio de Pessoas com Deficiência e o SUAS, realizado nesta segunda-feira (21), no Centro de Formação da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Promovido pela Prefeitura de Campo Grande, o evento reuniu profissionais das unidades da Secretaria Municipal de Assistência Social, representantes de Organizações da Sociedade Civil (Osc’s), além de autoridades do Judiciário e especialistas do setor.
A mesa de discussão foi formada por especialistas com trabalhos de destaque nacional, que abordaram temas relacionados ao desenvolvimento de ações que valorizem as pessoas com deficiência nos diversos setores da sociedade.
Na abertura do evento a prefeita Adriane Lopes ressaltou o trabalho da gestão de trabalhar em parceria com todos os segmentos e profissionais, para a construção de novos projetos. “É importante valorizar e ouvir as pessoas que conhecem profundamente a política de Assistência Social. Desde 2017 tive o privilégio de trabalhar muito próximo a essas pessoas, que estão contribuindo com a construção de novos caminhos e conquistas. Acredito que juntos vamos a cada dia mais fortalecer as políticas públicas para as pessoas com deficiência, com uma gestão participativa. É fundamental para a gestão, a colaboração de todos que possam ajudar com sua experiência nesse novo tempo da gestão”, afirmou.
O secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes, reforçou o apoio da gestão na execução de projetos voltados a este público, auxiliando na inclusão social. “Contribuir com a melhor acessibilidade dessas pessoas é prioridade. Semanalmente realizamos reuniões para definir as ações de cada área, por isso sempre ouvimos as equipes das unidades porque são elas que estão na ponta, atendendo esse público. É importante que essa população, de todas as regiões que contam com unidades da SAS, se sinta pertencente à gestão e sejam atendidos de forma igualitária”, pontuou o secretário.
Para a secretária-adjunta da SAS, Inês Mongenot, é primordial a realização de eventos periódicos para avaliar o serviço ofertado. “Nosso trabalho é um processo de construção contínua. É importante essa troca de experiências e informações para aprofundar as discussões e atender cada vez mais as necessidades das pessoas com deficiência”, disse.
Ao todo, 12 profissionais, entre psicólogos, assistentes sociais e especialistas em Direito, Educação, Urbanismo e da área da saúde, ministraram palestras com temáticas que abordaram o direito à comunidade; autonomia e protagonismo; acessibilidade, direito ao trabalho, habilitação e reabilitação.
A subsecretária estadual de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, Telma Nantes de Matos, que ministrou uma das palestras de abertura do evento, ressaltou que 23% da população têm alguma deficiência e desconhecem seus direitos na totalidade. “A maioria desse público é vulnerável, por isso precisamos garantir a efetivação das políticas públicas nos territórios, para que todos tenham acesso. São nesses eventos que criamos diretrizes para que essas ações se efetivem nos equipamentos existentes porque a garantia desses direitos está prevista nas legislações, convenções, tratados e decretos. Precisamos criar projetos que reforcem a questão dos vínculos familiares e o empoderamento, além de mostrar à essas pessoas como conviver com a deficiência”, destacou Telma.
A oportunidade de levar a discussão também para os profissionais dos Cras foi elogiada pelo coordenador do Cras Los Angeles, Messias Benitez. “É muito importante essa troca de informações porque nós que trabalhamos nos Cras também recebemos esse público e esses eventos ajudam a equipe a avaliar a qualidade dos serviços que ofertamos nessas unidades”, enfatizou.
Ações
A Secretaria Municipal de Assistência Social atende, por meio das superintendências da Proteção Básica e Especial, uma média de 400 pessoas com deficiência e suas famílias mensalmente.
Apenas no Centro Dia, 80 PcDs, além dos familiares, recebem assistência por meio da oferta de serviços diversos, apoio nos cuidados, orientação e encaminhamentos em parceria com as demais secretarias da gestão.
Já as Residências Inclusivas acolhem, atualmente, 22 pessoas. A SAS conta com dez unidades de acolhimento, voltadas para diferentes públicos, sendo duas inclusivas. O objetivo das unidades é atender os usuários de forma integral, fortalecendo vínculos familiares e trabalhando sua reinserção na sociedade.