Cinco homens e duas mulheres fazem parte do corpo de jurados que vão dar a palavra final sobre a condenação ou absolvição dos três réus acusados de serem os responsáveis pela morte de Matheus Xavier, morto a tiros de fuzil em abril de 2019.
Das 25 pessoas sorteadas para fazerem parte do júri, uma faltou e por isso será multada. À medida que foram feitos os sorteios para escolher os sete jurados dentre os 24 que compareceram, a defesa rejeitou três nomes e a acusação rejeitou outros dois.
Como o nome dos 25 voluntários foi divulgado com antecedência, tanto a acusação quanto a defesa costumam fazer uma espécie de estudo do histórico destas pessoas e por isso recusam determinados nomes por temerem que seriam desfavoráveis aos seus interesses.
Assim que ocorreu a definição, o juiz deixou claro que ficarão pelo menos quatro dias isolados e pediu para que avisassem seus familiares para que providenciem roupas, medicamentos, material de higiene e demais objetos que sejam necessários para os quatro ou cinco dias que ficarão em isolamento.
Eles vão passar as noites num hotel e terão segurança especial durante todo o período. Alimentação e hospedagem ficarão por conta da Justiça. Em uma reunião reservada o juiz retirou os celulares de todos eles e a partir de então terão de se dirigir a um oficial de justiça caso precisem de algo. Este oficial, por sua vez, terá de pedir autorização do juiz para atender às solicitações.
Os réus Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Vladensilson Daniel Olmedo chegaram à sala do júri por volta das 08:30 desta segunda-feira (17), mas chegaram ao prédio do fórum pelo menos duas horas antes, sob forte esquema de segurança montado pela Polícia Militar e Agentes do Sistema Penitenciário Federal.
Eles são acusados de serem os responsáveis pelo assassinado de Matheus Xavier, de 20 anos, executado com tiros de fuzil em abril de 2019. Ele manobrava a caminhonete do pai na frente de casa quando foi atacado.
A investigação apontou que o alvo seria o pai, Paulo Xavier, que deve prestar depoimento nesta tarde, na condição de informante.
Apesar do alto grau de periculosidade atribuído pelos investigadores aos réus, os familiares dos jurados não precisam temer, pois Jamil Name Filho, apontado como chefe da milícia, vai continuar preso mesmo que seja inocentado pelo júri. É que ele já está condenado a pouco mais de 23 anos de prisão por outros três crimes.