Após as fortes chuvas que atingiram Bonito nas últimas semanas, o prefeito da cidade Josmail Rodrigues (PSB) decretou estado de emergência. De acordo com Rodrigues ainda não há valores totais dos prejuízos causados pelas tempestades, que afetaram especialmente o setor do turismo.
Ao Correio do Estado, o chefe do Executivo informou que a totalização do prejuízo foi solicitada para o presidente da Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região (Atratur) e os dados serão repassados para o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB).
“Assinamos o decreto emergencial hoje, ainda não temos os valores totais de prejuízos dos empresários, mas pedimos para o presidente da Atratur [Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região] um levantamento para repassarmos para o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel [PSDB]”, afirmou.
De acordo com o decreto, a média de chuva esperada para janeiro na cidade, segundo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), era de 189,5 mm, mas, ao todo, a precipitação foi de 234,5 mm.
Já em fevereiro, o esperado era de 140mm, mas no mês passado a cidade registrou uma média pluviométrica de 495 mm. Somente no dia 24 de fevereiro, a cidade registrou 173 mm na área urbana e 180 mm, na área rural, dentro de seis horas.
O decreto ainda reforça que a grande quantidade de chuva elevou o nível de diversos rios da cidade, sendo inclusive uma das razões para os prejuízos causados no setor de turismo, que precisou fechar diversas atrações temporariamente.
A chuva ainda causou estragos em estradas sem e com pavimentação e também em pontes, atingindo diretamente o setor agropecuário. As produções rurais do municípios estão sendo colhidas e o excesso de precipitação prejudicou o escoamento dos produtos pelas estradas, que sofreram sérios danos como erosão nos locais onde o asfalto ainda não chegou.
Ainda segundo o decreto, em distritos e localidades da cidade, a chuva deixou 10 famílias desabrigadas e 29 desalojadas, além de outras 20 casas que estão ilhadas no Loteamento Noé desde o dia 24 de fevereiro.
Assim, o decreto de emergência autoriza que todos os órgãos municipais sejam mobilizados para minimizar a situação de emergência. Além disso, caso for preciso, compras e contratação de serviços usados para contornar os estragos causados pela chuva, podem ser feitos sem licitação.
Além de Bonito, as chuvas também causaram estado de emergência em Ponta Porã e Ivinhema. Como mostrado pelo Correio do Estado, a média de chuva no último mês, em todo o Estado, ficou acima do esperado para o período.