Para Beto Pereira, candidato à Prefeitura de Campo Grande, a situação do asfalto em Campo Grande é péssima. Sua meta para solucionar esta crise sem fim é recapear 400 km de ruas em 4 anos. “Para vocês terem uma ideia, Campo Grande tem 1000 km de asfalto remendado e, desses, 250 precisam urgentemente de recapeamento”, explica.
Em 10 anos a Prefeitura gastou R$ 320 milhões com operação tapa-buraco e pouco mais de R$ 200 milhões com recapeamento. “Tem coisa errada aí. Em vez de investir em recapeamento bom, a opção da Prefeitura foi tapar buraco, o que custa muito mais caro. Tem rua que já recebeu tapa-buraco que poderia ter sido recapeada três vezes”, explica Beto.
O que deveria ser só um serviço emergencial virou rotina. “Abre buraco, tapa buraco: a coisa só se repete, é remendo, é maquiagem que não acaba mais. Falta planejamento, gestão e transparência”, afirma o candidato
O plano de governo de Berto Pereira prevê recapeamento novo em pelo menos 400 km em quatro anos, a começar pelas linhas de ônibus (cerca de 44 km de terra e lama), e pelas ruas de maior movimento de veículos e de comércio.
“Também vai ter iluminação, sinalização, novas faixas de pedestres com acessibilidade, ciclovias, vídeo-monitoramento, ampliação das rondas da Guarda Municipal garantindo segurança para moradores e comerciantes. Recapeamento de qualidade e vias mais modernas são compromissos da nossa gestão”, diz.
Beto sabe do que fala: quando foi prefeito de Terenos, ele asfaltou e recapeou mais de 90% da cidade, e pavimentou os principais acessos à área rural. “Dupliquei a entrada da cidade e criei o Parque Municipal. Quem chega por lá, vê o resultado de um trabalho feito com seriedade e responsabilidade”.
Situação Crítica
A pavimentação asfáltica de Campo Grande enfrenta desafios significativos. De um total de 4.190,33 quilômetros de vias urbanas, 75% estão asfaltadas, deixando cerca de 1.039,31 quilômetros sem pavimentação, o que representa aproximadamente um quarto das ruas da cidade sem o benefício do asfalto.
As regiões com maior déficit de pavimentação incluem o Anhanduizinho, com 275 quilômetros de vias não asfaltadas, seguido da Prosa (179 km), Bandeira (174 km) e Lagoa (171 km). O Imbirussu e o Segredo também apresentam números expressivos, com 112 km e 103 km sem asfalto, respectivamente.
Diversos bairros enfrentam uma situação crítica quanto à pavimentação. No bairro Noroeste, por exemplo, 97 quilômetros de ruas permanecem sem asfalto, e no Centro Oeste, o número chega a 89 quilômetros. Outros bairros como Chácara dos Poderes, São Conrado, Los Angeles e Caiobá também somam quilômetros expressivos de ruas sem pavimentação, afetando a mobilidade e a qualidade de vida dos moradores.
Além das áreas urbanas, a pavimentação das estradas vicinais na zona rural também é um desafio, com cerca de 1.200 quilômetros de vias não asfaltadas, dificultando o acesso e o escoamento da produção agrícola.