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segunda-feira, julho 1, 2024
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Casos de pessoas desaparecidas em Mato Grosso do Sul têm alta de 23% neste início de ano

Dados extraídos do SIGO, sistema da Polícia Civil que reúne boletins de ocorrência registrados pela corporação em Mato Grosso do Sul, revelam aumento de 23% no número de casos de pessoas desaparecidas no Estado entre janeiro e março deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.

Saltando de 48 casos nos três primeiros meses de 2022 para 63 no mesmo período deste ano. De 2018 a março de 2023, 1.917 pessoas desapareceram em Mato Grosso do Sul, sendo 2022 o ano que mais teve ocorrência de desaparecimentos, com 452 casos registrados.

De acordo com dados do Sinalid (Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos), 67% dos desaparecidos em Mato Grosso do Sul são do sexo masculino, enquanto 33% são do sexo feminino. A faixa de idade que mais se registra ocorrência é de 31 a 40 anos (29, 41%), seguida de 51 a 59 anos (23,53%); 18 a 24 anos (17,65%); 25 a 30 anos e 41 a 50 anos (11,76%); mais de 60 anos (5,88%).

Muitos casos são divulgados nas redes sociais e causam comoção, ganhando apoio popular e até ajuda nas buscas. Foi o que aconteceu com Aluízio Pereira e com Tânia Bonamigo, que sumiram e, mesmo após buscas de bombeiros, polícia e famílias, não foram localizados.

Aluízio Pereira da Cruz, de 88 anos, diagnosticado com Alzheimer, está desaparecido desde 5 de novembro de 2022, em Campo Grande. Apesar dos esforços da família, polícia e Corpo de Bombeiros, ainda não há vestígios de onde o idoso possa estar. Aluízio tomava medicações para tratamento da doença.

A neta de Aluízio, Vanessa Barbosa, 35 anos, afirma não estar sendo fácil para a família o desaparecimento do avô. Com 6 meses de desaparecimento, a família ainda sofre em cada evento festivo. O delegado responsável pelo caso, Carlos Delano, disse à reportagem que não há novidades sobre esse caso.

Já Tânia Bonamigo tinha 62 anos quando desapareceu, no dia 9 de janeiro de 2021, em São Gabriel do Oeste. Ela havia marcado com um grupo de amigos para fazer uma trilha na Cachoeira Los Pagos, mas não chegou ao local combinado. O grupo estava em quatro carros, e ela teria ido até o local em um carro separado. Antes, eles teriam feito uma pausa na rodoviária de São Gabriel do Oeste, para irem ao banheiro, após isso, não viram mais Tânia.

A filha de Tânia Bonamigo se emocionou ao falar sobre a incerteza vivida pela família. Ela afirma que constantemente questiona a Polícia Civil sobre as investigações do desaparecimento da mãe. Conforme o delegado responsável pelas investigações, Fábio da Silva Magalhães, da delegacia de São Gabriel do Oeste, o inquérito continua e diligências ainda são feitas para tentar elucidar o desaparecimento.

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