A defesa de Stephanie de Jesus da Silva, acusada de ter sido conivente com Christian Leitheim no assassinato da própria filha, a menina Sophia Ocampo, de apenas 2 anos de idade, protocolou, ontem (18), um pedido de redesignação da audiência de instrução e julgamento prevista para o próximo dia 28 de setembro.
Segundo o site Midiamax, o pedido ocorreu porque duas das três advogadas não poderão estar presentes, já que terão outras audiências marcadas no mesmo dia e horário, uma pela 6ª Vara Criminal e a outra 7ª Vara do Juizado Especial Criminal.
“Tendo em vista serem as advogadas supramencionadas as únicas patronas da assistida Stephanie, requer a Vossa Excelência que se digne redesignar data para a realização da audiência de instrução perante este Douto Juízo, para data próxima da anteriormente designada”, diz o pedido.
A audiência ouvirá as médicas que atenderam a menina. Elas irão prestar depoimento do caso que mudou de Vara e, agora, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara no Tribunal do Júri de Campo Grande, está à frente do caso. Após, mãe e o padrasto, Christian Leitheim, deverão ser ouvidos.
Recentemente a Justiça determinou que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) faça a perícia nos aparelhos celulares dos acusados da morte da menina. Antes, havia sido feito o pedido para que a Polícia Federal fizesse a tentativa de recuperação de dados, já que a Polícia Civil não conseguiu fazer a recuperação.
Agora, ficou a cargo do Gaeco a perícia para tentar recuperar dados que foram apagados sobre a morte de Sophia, já que possuem tecnologia mais avançada para o trabalho.
“Considerando que mencionada autoridade, inclusive, os encaminhou também à polícia científica do Estado do Paraná por conta da tecnologia mais avançada, também sem sucesso; Considerando, finalmente, que o GAECO, braço direito do Ministério Público, é órgão estadual dotado de equipamentos também de alta tecnologia: Decido com base no art. 3o do CPP e art. 378 do CPC em encaminhar ao Gaeco aludidos aparelhos para fins de tentar extrair os dados ou provas de interesse criminal no contexto deste processo”, destacou o magistrado em sua decisão.
Sophia Ocampo morreu na noite de 27 de janeiro deste ano. Ela foi levada pela mãe a um posto de saúde, onde as médicas que atenderam a menina constataram que ela já estava morta há pelo menos quatro horas. Tanto a mãe como o padrasto foram presos e já indiciados pelo crime. O casal ainda tentou alterar as provas da morte da menina para enganar a Polícia.
A menina passou por vários atendimentos em unidades de saúde, entre eles, febres, vômitos, queimaduras e tíbia quebrada. Em menos de 3 meses, a criança foi atendida diversas vezes sem que nenhum relatório fosse repassado sobre os atendimentos a menina.