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Biosseguridade animal credencia MS a abrigar projeto de genética suína para o Centro-Oeste

O elevado padrão de biosseguridade animal e oferta de matéria-prima credenciou Mato Grosso do Sul a abrigar a primeira unidade de produção de sêmen suíno da Agroceres, que está sendo construída a 30 km de Campo Grande, na rodovia MS-040. A unidade da Agroceres PIC será inaugurada no final de novembro, com investimento de R$ 50 milhões e capacidade de atender 120 mil matrizes suínas/ano.

A equipe da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) visitou ‘in loco’ as obras do complexo. Participaram da visita o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Beretta, o coordenador de Pecuária, Marivaldo Miranda, e o gestor em suinocultura Rômulo de Freitas Gouveia Jr.

Gerente da unidade Nevton Brun com a equipe da Semadesc composta pelo gestor Rômulo Gouveia, coordenador Marivaldo Miranda e o secretário-executivo Beretta

Eles foram recebidos pelo gerente de produção da empresa, Nevton Hector Brun, que mostrou como está o andamento da construção da unidade.

O projeto terá início com 850 reprodutores, podendo até crescer no futuro, dependendo da adesão dos produtores. A meta é colocar os animais em dezembro e a partir de fevereiro iniciar a produção de sêmen com capacidade acima de um milhão de doses por ano. O objetivo é atender produtores de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

Com equipamentos modernos e alta tecnologia, a central será a primeira no País a atender às novas normativas de bem-estar animal. No local os suínos não ficarão em gaiolas, mas em baias de seis metros quadrados.

Escolha estratégica

De acordo com o gerente da unidade, a escolha de MS foi estratégica. “Nós necessitávamos implementar uma unidade na região Centro-Oeste, e aí quando olhamos para a região de Mato Grosso do Sul, ela estava muito bem posicionada nessa questão logística”, frisou.

Gerente de produção da Agroceres PIC em Campo Grande, Nevton Brun

Um outro diferencial que atraiu a Agroceres para o Estado foi a questão da biosseguridade animal.

“Precisávamos ter segurança da nossa unidade, da nossa produção. Então era importante encontrar um local onde tivéssemos mão de obra disponível, fornecedores para atender a unidade, mas principalmente oferecer essa segurança sanitária para o nosso rebanho que vai estar em produção. Tudo isso encontramos aqui em Mato Grosso do Sul. Tínhamos diferentes regiões aí dentro do estado, mas aqui próximo de Campo Grande foi a que nos atendeu melhor”, acrescentou.

A mão de obra também já está sendo treinada. “Nossa mão de obra é bastante especializada. Então nós agora estamos iniciando o processo de captação dessa mão de obra local com perfil para este modelo de negócio, para este tipo de instalação, de produção”, destacou.

De acordo com o gerente, após feita a contratação do pessoal, serão levados para treinamento em outras unidades. O processo é muito automatizado e a geração será de 20 vagas.

Na avaliação do coordenador de Pecuária da Semadesc, Marivaldo Miranda, a central completa um ciclo de produção da suinocultura estadual.

“O Centro de Fornecimento de Material Genético, mais especificamente sêmen, de animais de altíssima qualidade, terá a capacidade de atender atualmente o estado de Mato Grosso do Sul, uma boa parte de Mato Grosso e de Goiás. Isto gera empregos qualificados e nos coloca em condição de alta performance na produção de animais, no caso os suínos, uma vez que a Agroceres é uma das grandes empresas na produção de material genético no Brasil, na área da suínocultura”, salienta.

Para o secretário-executivo, Rogério Beretta, o fato de MS ter sido escolhido para abrigar a central mostra o avanço da produção de suínos no Estado.

“A empresa destacou que a escolha foi motivada pela questão da segurança da saúde animal, oferta de matéria-prima, e um alto nível de biossegurança, biosseguridade. Tudo isso é positivo e credencia a suinocultura e os produtores do Mato Grosso do Sul”, finalizou.

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