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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Atriz campo-grandense Aracy Balabanian morre aos 83 anos vítima de câncer

A atriz Aracy Balabanian morreu, na manhã desta segunda-feira (7), na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro (RJ), onde estava internada para tratar de um câncer. Filha de armênios que vieram para o Brasil, fugindo do genocídio promovido naquele país pelos turcos otomanos, ela nasceu em Campo Grande (MS), onde eles fixaram residência.

Aos 15 anos de idade, Aracy mudou-se para São Paulo (SP) com os sete irmãos e ajudava os pais na criação dos irmãos menores. Passou no vestibular para Ciências Sociais e para a Escola de Arte Dramática, vindo a abandonar os estudos de Sociologia para se dedicar ao teatro, sua verdadeira paixão.

Ela falava que viveu em uma época que era considerado feio uma mulher fazer teatro, já que antigamente as mulheres tinham preferência a serem donas-de-casa e cuidarem dos assuntos domésticos. A sua estreia na televisão foi na peça Antígona, de Sófocles, montada pela TV Tupi.

Tornou-se tornou uma das maiores intérpretes do meio e criou personagens inesquecíveis como a idealista Violeta, de O Casarão (1976), de Lauro Muniz, a sofrida Maria Faz-Favor, de Coração Alado (1980/81), de Janete Clair, a ardilosa Marta, de Ti Ti Ti (1985/86), e a misteriosa Maria Fromet, de Que Rei Sou Eu? (1989), ambas de Cassiano Gabus Mendes, a excêntrica Dona Armênia, das novelas Rainha da Sucata (1990) e Deus nos Acuda (1992/93), ambas de Silvio de Abreu.

Sua personagem mais conhecida pelo grande público no teatro foi a socialite decadente Cassandra, no humorístico Sai de Baixo, gravado ao vivo do Teatro Procópio Ferreira de 1996 a 2002 para a Rede Globo.

Aracy declarou que no começo do programa havia pedido para sair, vendo que após extenso currículo de tragédias, não funcionava nesse papel cômico, acima de tudo por não segurar o riso diante dos colegas. O diretor Daniel Filho então pediu para ela rir sempre que quisesse. O riso da atriz em cena se tornou marca registrada, com Miguel Falabella chegando a dizer que “se o público não entendeu a piada, a Aracy fecha”.

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