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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Arborização do microcentro prevê substituição de árvores por espécies mais adequadas ao ambiente urbano

O Reviva Campo Grande está a todo vapor, levando a cidade rumo à modernização, conforto e qualidade de vida. Além do recapeamento, calçadas e mobiliário, as obras contemplam o paisagismo e arborização da área central, a fim de que a população possa aproveitar melhor os espaços verdes.

Para que a construção de áreas verdes seja bem sucedida, é essencial fazer o manejo preventivo de árvores que não são apropriadas para o espaço urbano. Algumas espécies, por exemplo, têm raízes que quebram as calçadas, atrapalham a circulação de pessoas pelo passeio público ou interferem na acessibilidade universal, e podem comprometer a segurança de quem transita pelo local.

Dessa forma, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Unidade Gestora do Programa Reviva, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), está fazendo a retirada de árvores inapropriadas ou que ofereçam risco à população para, posteriormente, plantar mudas que se adequem melhor às condições urbanas.

Marcel Rodrigo Cavallaro, auditor fiscal de meio ambiente da Semadur, explica que existe um processo para que a remoção da árvore seja feita de maneira que respeite o artigo 22 da Lei Complementar 184/2011, que estabelece critérios para retirada de árvores do passeio público.

Uma dessas etapas é a checagem técnica das condições que a árvore apresenta, sendo que no contexto das obras, essa avaliação é feita em todos os exemplares que estiverem plantados no passeio público das ruas impactadas. É avaliada a condição fitossanitária da espécie, como presença de cavidades, oco, cupim ou fungos.

Além disso, é levada em consideração a largura do passeio público, a presença de rede elétrica perto da árvore, se existe risco de queda ou se ela é de uma espécie adequada para se plantar onde há cimentos e edificações.

A avaliação é feita em dois momentos: uma vez para avaliar as condições antes de demolir a calçada, e outra após a quebra do calçamento. Nesse primeiro caso, se o exemplar apresentar algum aspecto descrito no artigo 22 da lei complementar, é autorizada de imediato a sua remoção.

Já na segunda avaliação, são examinadas as condições das raízes, pois, muitas vezes, as más condições são vistas apenas nessa parte da planta, sendo que constatada que a árvore oferece risco ou não tem as condições necessárias de continuar no passeio público, também é pedida sua remoção.

“A arborização será reavaliada e planejada para que fique de acordo com a legislação e não ofereça riscos à população e seus patrimônios, e para que também tenham menos conflitos com rede elétrica ou acessibilidade”, enfatiza Marcel.

Inclusive, em alguns casos, há a possibilidade da árvore permanecer no lugar, uma vez que não são todas que oferecem riscos ou não são adequadas, não se encaixando no critério para o manejo preventivo.

“Quando existem espécies que são apropriadas, estão saudáveis e que ela esteja ali compactuando com os elementos urbanos, sempre que possível, estamos tentando manter, inclusive fazendo uma adequação do projeto para proporcionar a permanência dessas árvores e o aumento da área livre ao seu entorno, para melhorar as condições naturais para o desenvolvimento pleno das raízes”, explica Juliana Casadei, consultora ambiental do Reviva.

O projeto prevê que as árvores plantadas sejam dos tipos encontrados no cerrado brasileiro, ou seja, mudas de aroeira-pimenteira, chuva-de-ouro, pata-de-vaca, manacá-da-serra, cácia, entre outras espécies, sempre respeitando a diversidade da flora.

Ao todo, mais de 1000 mudas serão plantadas na região central, sendo que todas seguirão um padrão de porte e estágio de desenvolvimento previsto em projeto, que extrapola o mínimo recomendado no guia de arborização urbana da cidade para que os benefícios, como sombra e conforto térmico, sejam colhidos mais rapidamente.

“A arborização é um ganho ambiental muito grande para a cidade, pois, ajudará a incrementar a paisagem onde há maior circulação de pessoas, além de proporcionar um ambiente com conforto térmico, acústico e ser esteticamente agradável”, enfatiza Juliana.

O Plano Diretor de Arborização Urbana de Campo Grande, de 2011, garante que áreas urbanas recebam vegetação e, além das 582 mudas que serão plantadas na extensão da Rui Barbosa, ainda estão previstas mais de 1000 mudas nas ruas e avenidas adjacentes, quando forem revitalizadas.

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