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(Marco ASA) – Uma lenda do passado está voltando como um dos ícones do futuro do transporte de cargas. Quem gosta de caminhões (e tem um pouco mais de idade) deve lembrar-se dos caminhões da Fábrica Nacional de Motores – FNM – que, para os brasileiros, era FêNêMê. Foram os primeiros caminhões produzidos no Brasil, na década de 1940, no Rio de Janeiro. Eram caminhões grandes, pesados, mas potentes e confiáveis. Agora, a FNM virou Fábrica Nacional de Mobilidades e, junto com a gaúcha Agrale, produzirá um caminhão elétrico com design que lembra o original, só que cheio de tecnologia.
A parceria da Agrale com a FNM prevê a construção de caminhões de entrega urbana em dois modelos: FNM 832, com PBT de 13 toneladas, e FNM 833, com PBT de 18 toneladas. A Ambev, uma das maiores fábricas de bebida do mundo, fechou a compra de 5.000 unidades para a distribuição de bebidas nas cidades brasileiras onde atua. Esse contrato viabiliza o projeto FNM e sinaliza o norte do transporte urbano: menos emissão de poluentes e gasto com combustível.
A holding FNM é tocada pelos irmãos gaúchos Zeca Martins e Alberto Martins, que montarão suas unidades na fábrica da Agrale com componentes importados mas que, em breve, poderão atrair fabricantes de componentes no entorno da indústria no Brasil. Para a Agrale, é um bom negócio, já que a empresa moderniza a sua produção. “A Agrale está focada na modernidade da logística e do transporte limpo e já desenvolveu seus caminhões e ônibus movidos a gás Metano, GNV e GNL. E agora, com essa parceria de sucesso com a FNM, vamos produzir caminhões, ônibus e tratores elétricos com tecnologias internacionais de ponta”, diz Hugo Zattera, Presidente da Agrale.
Os caminhões FNM são movidos por motor elétrico tem tecnologia norte-americana, com sistema de 650 volts, que permitem autonomia de 100 quilômetros, sendo que a velocidade máxima não foi informada, mas deve se adequar ao trânsito das grandes cidades.
