O prefeito Marquinhos Trad esteve presente no Instituto Arara Azul para assinar a Lei n. 6.567 que reconhece o município de Campo Grande como Capital das Araras e institui o dia 22 de setembro como o “Dia Municipal de Proteção das Araras”.
A lei tem como objetivo a conservação do meio ambiente e da diversidade biológica da fauna do Cerrado, em especial das araras, tão presentes no dia a dia da nossa cidade, além de conscientizar a necessidade de assegurar e preservar a espécie.
Desta forma, o município passa a ser reconhecido como a Capital das Araras em razão da existência de várias espécies de araras que escolheram a cidade como seu habitat e que, diante da sua importância para a fauna local, refletem a necessidade de conservação da biodiversidade e a proteção do meio ambiente. Assim, a data é
incluída no calendário oficial do município, onde podem ser avistadas diversas espécies, dentre elas as araras-canindé (Ara ararauna), araras-vermelhas (Arachloropterus), araras híbridas, maracanãs e tucanos.
Em sua fala, o prefeito Marquinhos reforçou o apoio da gestão para a promoção e preservação da biodiversidade. “Hoje entramos para a história com a assinatura dessa Lei. Promover a conservação da biodiversidade num país como o nosso é tarefa para vocacionados. Contemplar essas aves são instantes que nos levam à paz. E Campo Grande tem cumprido o seu papel de preservar o meio ambiente, promovendo assim o desenvolvimento sustentável”.
De acordo com o secretário de Cultura e Turismo, Max Freitas, é notório que a nossa Capital é repleta de belezas. “Todos os dias somos abençoados pela revoada das araras em nosso céu azul! Quando no pôr do sol o resultado é ainda mais encantador. Essa é uma das potencialidades de nossa cidade dentro do Turismo: temos toda a infraestrutura necessária para bem receber os turistas e ainda possuímos essas belezas naturais de tirar o fôlego. O Instituto Arara Azul, com certeza, é um dos grandes responsáveis por manter a vida de nossas araras em segurança, agradeço imensamente o trabalho da instituição”, diz.
A presidente do Instituto Arara Azul, bióloga, doutora e professora do programa de pós-graduação e meio ambiente, Neiva Guedes, destacou a relevância da Lei instituída em Campo Grande “Primeiro é a coroação de um trabalho que vem sendo feito desde que as araras resolveram voltar e adotar a nossa cidade como casa, como moradia, como local de reprodução. Então, a população da cidade também aceitou isso muito bem e essa lei hoje vem coroar essa relação harmônica que existe entre a natureza e o ser humano. Inclusive, realizamos uma pesquisa na capital e 90% dos campo-grandenses adoram ter as araras na cidade. Hoje temos um turismo que vem à Campo Grande para ver, não só as araras, mas as aves, além da grande biodiversidade, um hotspot a nossa cidade para a observação. Portanto, a nossa cidade é boa para os bichos, é boa para a gente também e quem ganha somos nós que vivemos numa cidade de biodiversidade. Ficamos muito felizes com a atitude do poder público, entender isso e instituir a lei”.
Já o secretário municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Luís Eduardo Costa, pontuou o trabalho que está sendo desenvolvido por Campo Grande. “Esses esforços pela preservação ambiental têm se fortalecido cada vez mais, destacando a entrega das equipes. Nós temos uma cidade maravilhosa, uma cidade onde se existe um manejo florestal preocupado também em oferecer alimento para essas aves. Nós temos mais de 700 araras registradas e o nosso próximo projeto junto ao Instituto Arara Azul será a busca de uma área adequada para que o Projeto possa implantar um centro de reabilitação de aves e também voltado à educação ambiental quanto a importância dessa biodiversidade”.
Conforme dados do Instituto Arara Azul, ONG sediada em Campo Grande, já foram registrados cerca de 290 ninhos naturais e mais de 700 filhotes nasceram em ninhos presentes na área urbana, transformando a cidade em um verdadeiro centro de reprodução, contribuindo, inclusive, para a dispersão da espécie para o interior do Estado. Só no último ano quase 100 casais se reproduziram na cidade.
Desta forma, a relevância ambiental envolvida na proteção dessas aves e, consequentemente, da biodiversidade presente, promove o desenvolvimento econômico da cidade, a qualidade de vida dos cidadãos e a garantia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado.