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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Advogados são homenageados em sessão solene na Assembleia Legislativa

A Constituição Federal faz reverência ao exercício da advocacia, o artigo 133 declara: o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Como forma de homenagear a atuação destes profissionais, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) realizou na noite desta quarta-feira (11), de forma semipresencial, sessão solene para entrega da Medalha do Mérito Advocatício Jorge Antônio Siufi, proposta pelo deputado Lidio Lopes (PATRI).

“Homenageamos nessa noite profissionais que escrevem a história da advocacia. Quando menino sonhava em ser médico, porém, com o passar do tempo comecei a acompanhar o Tribunal de Júri e passei a entender que o direito de liberdade era tão importante quanto o direito a vida. Não levamos nada dessa vida, deixamos um legado e todos que estão aqui deixam um belo legado na história da advocacia”, afirmou Lidio Lopes.

O artigo 2º do Código de Ética da OAB diz que o advogado é defensor do estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da justiça e da paz social.  “Essa é uma data importante, momento de celebrar a paixão que nos une, a advocacia. Não há justiça sem advocacia. Esse é um momento de reafirmarmos o nosso compromisso na luta por honorários dignos, por nossas prerrogativas e por uma advocacia respeitada e independente”, disse o conselheiro federal da OAB/MS, Luís Cláudio Alves Pereira.

Para o deputado Barbosinha, a entrega da honraria é uma forma da Assembleia Legislativa de homenagear os advogados que honram as letras sul-mato-grossenses e contribuem para que o estado democrático de direito, a liberdade e a democracia se façam presentes na justiça, especialmente, na atuação profissional.    

Os homenageados da noite foram: Fernando Miceno Pinese (Lidio Lopes), Luis Fernando Lopes Ortiz (Lidio Lopes), Gilson Adriel Lucena Gomes (Lidio Lopes), Márcia Aparecida Perez Herédia Miotto (Amarildo Cruz), Wilton Celeste Candelório (Antônio Vaz), Felipe Cazuo (Barbosinha), Renato de Aguiar Lima Pereira (Barbosinha), Ary Raghiant Neto (Coronel David), Angelo Sichinel da Silva (Eduardo Rocha), Márcio Rômulo dos Santos Saldanha (Evander Vendramini), Thiago Bezerra Vaz (Evander Vendramini), Osmar Baptista de Oliveira (Herculano Borges), Décio José Xavier Braga (Jamilson Name), Rachel Magrini (João Henrique), Ana Carolina Ali Garcia (Mara Caseiro), Edna Regina Alvarenga Bonelli (Marçal Filho), José Roberto Texeira Lopes (Marçal Filho), Alfredo Cândido Santos Ferreira (Marcio Fernandes), Stheven Ouríveis Razuk (Neno Razuk), Rubens Ramão Apolinário de Souza (Renato Câmara), Eliton Carlos Ramos Gomes (Zé Teixeira), Neli Bernardo de Souza (Zé Teixeira) e Alberto Orondjian (Renato Câmara e Amarildo Cruz).

“A advocacia é reconhecida pela Constituição Federal e Constituição Estadual. Existe uma razão para isso, logo na primeira década após a criação do estado novo, os advogados cumpriram um papel importante com a defesa dos presos políticos. Para isso, contaram com o apoio da Ordem. Estava ai a função corporativa do nosso órgão maior. Após o golpe de 1964, a Ordem atuou como entidade de vanguarda na luta pela redemocratização. Onde há opressão, cerceamento da liberdade, tirania, não há compatibilidade com o exercício livre da advocacia. Os advogados sempre demonstraram coragem no decorrer da história”, enfatizou o advogado Felipe Zazuo Azuma, que falou em nome dos homenageados.

Medalha – Jorge Antonio Siufi nasceu em Campo Grande, dia 13 de setembro de 1932, cursou os chamados primeiro e segundo graus na escola salesiana Dom Bosco, formou-se em Direito na Universidade Nacional do Rio de Janeiro, foi nomeado promotor de Justiça da comarca de Dourados, onde atuou entre 1961 e 1963, transferindo-se logo em seguida para Campo Grande. 

Em 1964, foi nomeado advogado de Ofício na Auditoria Militar da União, pelo então presidente da República General Castelo Branco. Foi presidente da OAB em Campo Grande, professor da Faculdade Católica de Direito de Mato Grosso e procurador-geral adjunto de MS, com a divisão do Estado, em 1979. Em 1980, como procurador-geral do Estado, foi convidado a integrar a Escola Superior de Guerra. 

Seresteiro, cantou na Rádio Nacional do Rio de Janeiro nos anos 50 e 60 e compôs a letra do Hino do Estado de Mato Grosso do Sul, juntamente com o colega Otávio Gonçalves Gomes. Siufi gravou CD, publicou livros de crônicas e foi membro da Academia Sul-Mato-Grossense. Ele faleceu no dia 14 de março de 2011.

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