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sábado, fevereiro 8, 2025
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Advogado de ex-PM alega que cliente matou empresário após ser xingado de “policinha neguinho”

Durante entrevista coletiva para a imprensa na tarde de ontem (16), o advogado José Roberto da Rosa, responsável pela defesa do subtenente PM reformado José Roberto de Souza, que executou com três tiros o empresário Antônio Caetano de Carvalho dentro do Procon, em Campo Grande (MS), na última segunda-feira (13), afirmou que o sacou a arma e atirou contra a vítima após ter sido xingado de “policinha neguinho” e que não teria condições para ser proprietário de uma SUV da Toyota modelo SW4.

Segundo o advogado, que foi contratado pela família do autor do homicídio, o caso foi resultado da instabilidade psicológica do cliente, que foi reformado da Polícia Militar em 2015 por problemas psiquiátricos. Em razão disso, ele pretende pedir a revogação da prisão preventiva do subtenente PM reformado e, depois, ingressar com um habeas corpus, pois o cliente tem doença psiquiátrica, se apresentou de forma espontânea à Polícia Civil e já confessou o crime.

José Roberto da Rosa ainda reforçou que, por não ter acesso a todos os depoimentos e aos lados técnicos dos tiros e das condições psicológica do cliente, acredita que o subtenente PM reformado teria agido em autodefesa. “No depoimento, ele narrou que manteve uma relação comercial com a vítima, há cinco meses, quando deixou sua SW4, blindada, para consertar o motor. No local, foi informando que a sua Hilux precisaria de um motor novo, o que custaria R$ 30 mil. Ele pagou R$ 20 mil em dinheiro e teria parcelado o restante, mas, quando recebeu o veículo, identificou diversos problemas e, cada vez que levava à oficina da vítima, tinha de pagar mais um valor, chegando a quase R$ 33 mil o montante”, relatou.

Diante disso, conforme o advogado, o subtenente PM abriu um boletim no Procon, que notificou o empresário para uma audiência no dia 10 de fevereiro deste ano. “Quando ficou sabendo que tinha sido denunciado ao Procon, a vítima pediu para o ex-policial militar levar a SW4 novamente à oficina, quando foi trocado o óleo e novamente devolvida ao proprietário. Na audiência, o cliente disse à conciliadora que o carro não ficou bom e queria uma nota fiscal com todo o dinheiro já pago para abrir uma ação de ressarcimento na Justiça”, informou.

No entanto, a vítima apresentou uma nota de apenas R$ 22 mil, ignorando o valor total do motor, e outra nota fiscal no valor de R$ 630 pelo óleo que foi trocado. “Ficou acertado que, na última segunda-feira, dia 13 de fevereiro, o empresário traria a nota fiscal total, porém, novamente, a vítima levou a mesma nota fiscal de R$ 22 mil e ainda chamou o subtenente de ‘policinha neguinho’ e que não teria condições financeiras para ser proprietário de uma SW4, levantando a voz contra o meu cliente”, afirmou o advogado.

José Roberto da Rosa revelou que foi neste momento que o cliente levantou, sacou a arma e abriu fogo contra a vítima. “Após disparar por três vezes, ele sai do Procon, pegou o carro, foi para a casa, guardou o veículo e saiu a pé com a roupa do corpo e a arma. Ele teria ido até a Lagoa Itatiaia para esfriar a cabeça, quando viu uma viatura da PM passando e com o giroflex ligado. Nesse momento, escondeu a arma embaixo do banco, tirou a camisa e saiu caminhando, indo para a casa do primo onde ficou até se apresentar”, narrou, explicando que o cliente fez contado com a família e pediu para contratar um advogado.

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