Em entrevista coletiva nesta terça-feira (5) no Congresso Nacional, o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP-MS) classificou a decisão que levou Jair Bolsonaro à prisão domiciliar como “vingança” do Supremo Tribunal Federal. “Ele tem atentado contra a verdadeira justiça e a sua manifestação não passa de vingança”, acusou Ovando, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes.
Para o parlamentar, autorizações judiciais movidas por motivações emocionais corrompem o devido processo legal e expõem a fragilidade das instituições — sobretudo quando se emprega o poder judicial “para silenciar um líder popular do país, sem julgamento, sem defesa, sem crime comprovado”. Segundo Ovando, “o que aconteceu aí foi simplesmente vingança” e reflete “uma quebra de todos os princípios constitucionais”.
Em suas redes sociais, o deputado reafirmou seu compromisso com três iniciativas que, na avaliação dele, são essenciais para restaurar o equilíbrio entre os poderes: a PEC do fim do foro privilegiado, a proposta de anistia aos chamados presos políticos e o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes. “Queremos simplesmente a votação do PL da Anistia, porque retomaremos a condição de justiça deste país”, declarou.
Ao conclamar o Executivo, a Câmara e o Senado a “assumirem posicionamento” coerente, Ovando também advertiu para o risco de tratar divergência ideológica como ameaça à democracia. “Não é com abusos que se pacifica um país; é com respeito à lei e ao equilíbrio entre os poderes”, ressaltou, defendendo que a verdadeira paz social nasce do respeito às liberdades individuais.
Com as pautas em destaque no radar da oposição, o desenrolar dessas propostas deverá marcar o debate político até as eleições de 2026. Para Dr. Luiz Ovando, a futura composição do Senado será decisiva para conter eventuais excessos judiciais e garantir que os trilhos da justiça não sejam novamente desviados.


