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segunda-feira, dezembro 8, 2025
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Papy comanda reunião da Câmara com setor logístico para debater impactos da Rota Bioceânica

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Epaminondas Vicente Neto, o Papy, e integrantes da Frente Parlamentar de Acompanhamento da Implantação da Rota de Integração Latino-Americana (RILA), reuniram-se nesta segunda-feira (16) com representantes do Executivo Estadual e Municipal, além de lideranças do setor de transporte e logística, para discutir ações práticas relacionadas à Rota Bioceânica.

Durante o encontro, Papy destacou a importância de o Legislativo Municipal identificar suas responsabilidades para garantir que a Capital se beneficie efetivamente da Rota. “Precisamos pontuar o que cabe a nós fazer para evitar problemas no futuro. É necessário sair do discurso e apresentar tarefas concretas ao Executivo”, afirmou.

Presidente da Frente da RILA e também da Comissão Permanente de Indústria, Comércio e Turismo, o vereador Ronilço Guerreiro questionou o presidente do SETLOG/MS, Cláudio Cavol, sobre como a Câmara pode contribuir de forma efetiva. “As pessoas pensam que a Rota é só uma passagem. Mas queremos saber o que Campo Grande pode ter de concreto: quais empresas virão, quais indústrias podem se instalar, que leis precisamos criar para garantir isso?”, pontuou.

Cláudio Cavol apontou como principais desafios a infraestrutura rodoviária, a necessidade de uma aduana integrada para reduzir o tempo de trânsito nas fronteiras, e a qualificação da mão de obra. “O caminhoneiro não pode perder horas nas fronteiras. Isso inviabiliza a Rota”, alertou.

Ele também destacou a importância da coordenação multilateral entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile para garantir cooperação contínua, além da preparação de profissionais para operar e manter a estrutura logística.

Papy reforçou a preocupação de que a população local não tenha acesso efetivo aos benefícios da Rota. “Tenho a impressão de que ela vai operar por pressão do setor privado, mas Campo Grande ficará apenas com empregos acessórios. Precisamos influenciar outros municípios, articular com outras Câmaras e construir uma ação coordenada.”

Os vereadores Veterinário Francisco e Maicon Nogueira também participaram da reunião. Nogueira defendeu maior divulgação sobre a Rota, especialmente para pequenos empreendedores, e propôs a criação de um Marco Legal Municipal. “Precisamos estabelecer critérios para tornar Campo Grande atrativa a investidores. A Rota não é para especular, é para produzir riqueza, como o turismo”, afirmou.

Sobre a Rota Bioceânica

As obras da Rota Bioceânica seguem em andamento, com previsão de conclusão da ponte entre Brasil e Paraguai para 2026. A via terá cerca de 2.396 quilômetros a partir de Campo Grande, conectando os oceanos Atlântico e Pacífico, passando por Paraguai, Argentina e chegando aos portos de Antofagasta e Iquique, no Chile.

Segundo Cláudio Cavol, Mato Grosso do Sul, Paraguai e Chile serão os maiores beneficiados, com previsão de movimentação superior a 1,5 milhão de toneladas por ano em exportações e mais de 500 mil toneladas em importações a partir do quinto ano de operação. Os investimentos privados estimados para o Estado ultrapassam R$ 70 bilhões.

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