A presidente da Associação das Mães Atípicas, Lili Dayane Ricalde, e a mãe Camila Late Dias, acompanhadas pelo deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, presidente da Comissão de Acompanhamento das Demandas do Movimento de Mães Atípicas de Campo Grande, estiveram no Tribunal de Contas do Estado, na manhã desta segunda-feira (17), para uma reunião com o presidente, conselheiro Flávio Kayatt.
Durante o encontro, foi exposta ao presidente do TCE-MS a situação dessas mães, que enfrentam uma série de dificuldades relacionadas à saúde de seus filhos, principalmente no que tange ao relacionamento com a Prefeitura Municipal de Campo Grande. Elas representam cerca de 300 famílias, com crianças que têm diversas deficiências, como síndrome de down, transtorno do espectro autista, paralisia cerebral, dificuldades de locomoção, além de crianças acamadas ou que se alimentam por sonda e alimentação parenteral (intravenosa).
Segundo o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, “essas mães estão enfrentando diversas dificuldades para obter itens elementares e básicos que são obrigação do poder público de Campo Grande, mas que não estão sendo fornecidos. Lembrando que a saúde é um direito de todos e uma obrigação do Estado brasileiro e, atualmente, elas estão sendo forçadas a recorrer à Justiça para garantir o fornecimento de fraldas, leite, alimentação parenteral, medicamentos, suplementos – itens que deveriam ser fornecidos regularmente”.

Lili Dayane Ricalde, presidente da Associação das Mães Atípicas, acrescentou que, inicialmente, as mães buscam uma parceria do TCE. “Vamos dar um voto de confiança, acreditando que a questão seja uma falta de habilidade na gestão desse processo de compra. O TCE pode orientar e ajudar o município a encontrar a melhor solução para um problema que já se arrasta há anos. O que queremos é uma solução e, qualquer que seja, será bem-vinda. Caso isso não ocorra, aí sim, buscaremos uma fiscalização mais incisiva, talvez até uma auditoria e quem sabe uma CPI”, afirmou.

Sensível ao pleito, o presidente Flávio Kayatt declarou que irá sugerir ao conselheiro da jurisdição que acompanha o município de Campo Grande que receba o documento a ser oficializado pela comissão ao TCE-MS e dê andamento às necessidades apresentadas.