Dentista que sofreu homofobia em posto de vacinação é encontrado morto em Campo Grande

Mais uma vítima de homofobia perde a vida no Brasil. Dessa vez foi o dentista Gustavo Lima, de 27 anos anos, que era voluntário em postos de vacinação contra a Covid-19 e, no dia 21 de agosto, foi vítima de homofobia de uma mulher que se recusou a receber a vacina de Gustavo por causa da sua orientação sexual. O rapaz, que já sofria com a depressão, ficou ainda pior com a repercussão do caso de homofobia na imprensa nacional.

Na madrugada de hoje (14), seu irmão o encontrou sem vida no seu quarto e fez um desabafo nas redes sociais: “Perdi o amor da minha vida, meu grande irmão, estudioso, batalhador, o melhor irmão que Deus poderia dar a alguém. Meu coração doerá eternamente. Te amo pra sempre!”. Gustavo era residente na Unidade Básica de Saúde da Coophavila II.

Odeputado Pedro Kemp (PT) lamentou a morte de Gustavo Lima, dentista que sofreu homofobia na fila da vacinação contra Covid-19 em Campo Grande. “Eu fico indignado, por que a Secretaria de Saúde não fez nada? Não investigou para que a pessoa respondesse por esse ato reprovado e criminoso, que causa revolta. Infelizmente no Brasil não tem no Código Penal, por conta da hipocrisia de muitos parlamentares que não tiveram coragem de colocar na Legislação. Hoje o crime de homofobia é julgado pela lei de crime racial (Lei 7.716/1989), porque não existe uma específica. É grave, é inaceitável, ela mata. Esse é um exemplo”, lamentou Pedro Kemp.