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Prefeitura remove árvores derrubadas pelo temporal e retira materiais que obstruem as ruas

Mesmo com a garoa fina que caia pela manhã (7), as equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos iniciaram nas primeiras horas desta quinta-feira, as ações emergenciais para recuperar os estragos provocados pelas chuvas ocorridas em Campo Grande.

O trabalho inicial foi a retirada das pedras e outros sedimentos levados pela enxurrada, que estavam obstruindo o trânsito em vias como a Avenida Lúdio Coelho e a Rua Praia Grande. O serviço se estendeu às ruas transversais como a João Rezek (no Oliveira III); Ouro Preto, Pedra Negra (São Conrado), que têm topografias íngremes e, com isto, a enxurrada ganha velocidade até terminar nas vias mais abaixo.

Outra frente de serviço já em andamento é a remoção de árvores tombadas pelo vendaval, cujos galhos caíram na pista das ruas próximas, obstruindo o trânsito. Um destes locais foi a Rua Nazar Kodjogllanian, no Conjunto Aero Rancho. Também no mesmo bairro, foi retirada uma árvore atravessada de ponta a ponta num trecho da calçada na Avenida Raquel de Queiroz. Há registro de 17 árvores que não resistiram aos ventos dessa quarta-feira à noite. Também foi iniciada a desobstrução das bocas de lobo fechadas por pedras trazida pela enxurrada.

O superintendente de Serviços Públicos da Sisep, Medhi Talayeh, informa que enquanto o solo estiver encharcado não é possível iniciar o serviço de patrolamento e cascalhamento dos trechos críticos da malha viária não asfaltada.”É necessário pelo menos um dia de estiagem para o serviço se tornar viável, sem risco das máquinas atolarem e as ruas ficarem intransitáveis”, explica.

Investimento

O secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, reforça que nos últimos quatro anos, a Prefeitura ampliou os investimentos em drenagem e obras de controle de enchente, principalmente nas regiões vulneráveis aos efeitos de uma chuva mais intensa. “É necessário expandir a drenagem e construir barragens em córregos como o Segredo e o Sóter, além de piscinões”, justifica.

Conforme levantamento da Sisep, desde 2017 já foram implantados 80 quilômetros de drenagem, construídos dois piscinões (nos bairros Santa Luzia e Nova Lima) e uma barragem na Praça das Águas (Córrego Prosa). Foram eliminados pontos de alagamento na Avenida Cônsul Assaf Trad, ruas Brilhante (com a drenagem na Salim Maluf), Eduardo Santos Pereira e foram concluídas obras para controle de enchente nos bairros Cidade Morena e Parque dos Laranjais.

Um dos maiores investimentos em drenagem está sendo executado no Nova Campo Grande. No bairro, o lençol freático é quase superficial (basta perfurar um metro para a água brotar), o que está exigindo soluções complexas para o escoamento da enxurrada.

Além de quase 11 km de drenagem (quase todo o perímetro asfaltado nesta etapa, 12 km, terá tubulação enterrada), foram implantados colchões drenantes sob a tubulação, além de drenos margeando o meio fio.

Estão sendo construídos na Rua Teófilo Otoni, 76 metros de drenagem com tubos de 1,2 metro de diâmetro, para captar a enxurrada que desce da Nova Campo Grande, pela Rua Jair Garcia e, com isso, acabar com o alagamento que ocorre nesta região, que envolve o Bairro Serradinho.

Também serão eliminados pontos de alagamento no centro da cidade com a construção de 6 km de drenagem.

Ainda neste mês, será licitada a construção de um piscinão na Avenida Mato Grosso, nascente do Córrego Réveillon, afluente do Prosa. A bacia de detenção vai contribuir para evitar o transbordamento na região do Shopping Campo Grande. Está prevista a construção de piscinões no Córrego Sóter e na Avenida Rachid Neder, para evitar as inundações no Córrego Segredo, que afeta diretamente a rotatória da Avenida Ernesto Geisel.

Assistência

Desde o final da tarde dessa quarta-feira (6), quando começou a chover na Capital, as equipes que atuam nos Centros de Referência em Assistência Social estão em alerta e acompanhando a situação das famílias em vulnerabilidade assistidas pelos 21 Cras, distribuídos nas sete regiões da cidade, incluindo a unidade localizada no Distrito de Anhanduí.

As equipes monitoram as famílias via grupos de WhatsApp, além do presencial, se dirigindo até o endereço, para verificar a necessidade de ofertar benefícios eventuais. O trabalho de monitoramento das equipes, formadas por assistentes sociais e psicólogos, continua nesta quinta-feira (7) devido às chuvas que voltaram a atingir a cidade.

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